Para a líder do BE, "o Governo enterrou na gaveta do Ministério das Finanças as decisões que mais importavam à saúde".
Mariana Mortágua diz que situação do SNS é muito frágil
A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, afirmou esta quarta-feira que a situação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) é muito frágil e que só se mantém com o esforço de muitos profissionais.
"Todos nós temos a noção de que a situação do SNS é muito frágil e que o SNS só se mantém, neste momento, com o esforço de muitos profissionais que trabalham muitas horas extra, muito além daquilo que seria a sua obrigação e fazem-no para manter o SNS", afirmou Mariana Mortágua, em Porto de Mós (Leiria), onde esta quarta-feira esteve reunida no centro de saúde com a comissão de utentes e uma médica que faz parte da coordenação da unidade de saúde.
Para Mariana Mortágua, "é por isso que o SNS ainda consegue dar uma resposta a tanta gente que o procura", avisando que "vai deixar de conseguir a muito breve trecho e já começa a falhar em questões menos essenciais e menos urgentes".
"E é por isso que é essencial dotar o SNS de todo o investimento necessário", defendeu.
Para a líder do BE, "o Governo nunca o quis fazer, porque enterrou na gaveta do Ministério das Finanças as decisões que mais importavam à saúde".
Antes, Mariana Mortágua referiu-se especificamente aos cuidados de saúde primários, para salientar que, "nesta zona, seis em cada 10 pessoas não têm médico de família, o que quer dizer que mais de 60% dos utentes não conseguem ter acesso a serviços de saúde".
"Quando falamos da falta de médico de família, também falamos sobre o caos nas urgências, porque quando o Governo diz que quem vai às urgências não devia ir e quem vai às urgências devia ligar para a [Linha] Saúde 24, na verdade está a desrespeitar as pessoas", considerou.
A este propósito, sublinhou que "as pessoas deslocam-se às urgências não por prazer, não porque o queiram fazer, não por leviandade, mas, simplesmente, porque muitas vezes não têm um médico de família".
Recusando comentar especificamente a morte na terça-feira de uma utente na urgência do Hospital de Penafiel, que foi triada com pulseira laranja, Mariana Mortágua sublinhou que "as urgências estão acima da sua capacidade" e "não existe capacidade de responder nas urgências a todas as necessidades".
Acompanhada pelo cabeça de lista pelo círculo de Leiria às legislativas de 10 de março, o médico Rafael Henriques, Mariana Mortágua assinalou que falta investimento nos centros de saúde, na contratação de profissionais, nos hospitais, nas urgências, assim como nos cuidados paliativos.
"O Governo teve todos os recursos, teve todos os excedentes orçamentais" para concretizar estes investimentos, considerou, reconhecendo que "as soluções para os problemas da saúde estão encontradas", como mecanismos para reter profissionais ou para otimizar a forma como os centros de saúde funcionam, mas "é preciso é saber se o Partido Socialista está do lado das soluções ou se se mantém do lado dos problemas".
As propostas do BE passam pela "exclusividade para médicos com 40% de aumento da remuneração, subsídio de penosidade, incentivos aos médicos para irem para territórios onde há pouca atratividade" ou capacidade dos centros de saúde "para contratar médicos", adiantou.
"São algumas das propostas que temos feito, que fazemos há muito tempo, que teriam evitado o caos da saúde como ele se encontra hoje", acrescentou a coordenadora do BE.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.