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Aguiar-Branco declara-se neutral e fala de "candidatos a mais" nas presidenciais

Presidente da Assembleia da República desejou manter "reserva" por ser um "institucionalista".

07 de novembro de 2025 às 08:23

O presidente da Assembleia da República (PAR), Aguiar-Branco, militante do PSD, declarou-se neutral para as eleições presidenciais de 18 de janeiro, e analisou haver "candidatos a mais", desejando manter "reserva" por ser um "institucionalista".

Em entrevista publicada esta sexta-feira pela Rádio Renascença, o PAR afirmou ser "muito institucionalista, como se sabe", incapaz "de despir" a sua "função" (...), "que é muito exigente" e, "em relação às Presidenciais", considerou dever "manter essa reserva".

"Na posição em que estou, como PAR, devo manter um certo recato relativamente à minha opção, ainda mais a três meses de distância", disse, adiantando que acha que "é capaz de haver candidatos a mais", mas que, "de qualquer maneira, espelham bem as diversas sensibilidades que existem na sociedade".

José Pedro Aguiar-Branco classificou como "candidatos de Esquerda" o comunista António Filipe, a bloquista Catarina Martins e o dirigente do Livre Jorge Pinto.

Na véspera, em entrevista à RTP, o também candidato presidencial e antigo secretário-geral do PS, António José Seguro, emendou declarações anteriores ao jornal Público, dizendo que os Portugueses "conhecem" as suas "origens" e "valores", admitindo não ter estado num dos seus "melhores momentos".

"Pertenço àquela Esquerda moderada, àquela Esquerda moderna, que se afirma com soluções concretas para os problemas das pessoas", esclareceu, assinalando que "não há só uma esquerda".

"Pelo que vou ouvindo, os candidatos têm tido muito cuidado para mostrarem que são expressão plural à esquerda e à direita. É isso que tenho ouvido de Marques Mendes, António José Seguro, Gouveia e Melo, Cotrim de Figueiredo. Querem dar -- e bem - uma expressão transversal e suprapartidária às suas candidaturas", afirmou.

O PAR preferiu obter mais "elementos que permitam concluir qualquer coisa".

"Vamos ver quem é o candidato eleito e depois cá estarei, como PAR, que tenho de articular com o próximo Presidente [da República] para poder, eventualmente, responder à sua pergunta", disse, questionado sobre se temia que o próximo ciclo presidencial contenha "tentação de puxar poderes executivos para o Palácio de Belém".

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