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Aguiar-Branco diz que liberdade de expressão não pode ser confundida com o respeito da Assemblei da República

PAR respondia n Universidade de Bragança a questão relacionada com alegados insultos racistas proferidos pelo deputado do Chega, Felipe Melo.

10 de novembro de 2025 às 15:37

Aguiar-Branco defendeu esta segundafeira que a liberdade de expressão não pode ser confundida com o respeito na Assembleia da República, depois de o deputado do Chega Filipe Melo ter, alegadamente, dirigido palavras racistas à deputada do PS Eva Cruzeiro.

A deputada socialista requereu ao presidente da Assembleia da República, Aguiar-Branco, que fosse aberto um inquérito ao deputado do Chega por lhe ter gritado, no passado dia 29 de outubro, palavras que considera racistas e xenófobas, como "vai para a tua terra".

Esta segunda-feira, numa ação no âmbito da iniciativa Parlamento de Proximidade, que aconteceu no Instituto Politécnico de Bragança, o assunto foi abordado por um dos estudantes presentes, numa instituição cujo um terço dos alunos é internacional.

"O essencial é não confundirmos a liberdade de expressão, com aquilo que tem a ver com a urbanidade, o respeito, o prestígio da Assembleia da República", disse, após questionado pelos jornalistas,

Para Aguiar-Branco, esta liberdade requer "maior responsabilidade" e quando "usada de forma incorreta", pode ser considerado um "ilícito criminal".

Depois de feita queixa na Comissão Parlamentar de Transparência, Aguiar-Branco explicou que a situação será avaliada e, se for considerado crime, será encaminhado para o Ministério Público.

"Nós temos a entidade que tem a obrigação de fazer a avaliação criminal, que é o Ministério Público e quando tudo isto funciona, temos de ter a tranquilidade de que é o regime democrático a funcionar", vincou.

Esta é já a segunda queixa na Comissão Parlamentar de Transparência contra Filipe Melo. Também a deputada do PS Isabel Moreira denunciou "gestos considerados desrespeitosos, designadamente, mandado beijos, e feito sinais para se calar, numa alegada tentativa de silenciamento", por parte do deputado do Chega.

Quanto a esta primeira queixa, o presidente da Assembleia da República disse acreditar que ainda não há uma conclusão, por parte da comissão.

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