Líder do Chega garantiu que "o grupo parlamentar continua unido".
O líder do Chega, André Ventura, assegurou esta quinta-feira na "rentrée" política no Algarve que o partido e o grupo parlamentar têm uma "enorme unidade" e vão estar "muito fortes" na inauguração do ano parlamentar.
"O que nos importa hoje é que vamos ser muito fortes na inauguração do ano parlamentar", disse André Silva à chegada ao Casino de Vilamoura onde se realizou o jantar que marcou a "rentrée" política do partido de extrema-direita.
O líder do Chega garantiu que "o grupo parlamentar continua unido", apesar de alguns deputados não estarem presentes "por qualquer razão".
"Não queria deixar de notar, não só a presença de uma grande parte do grupo parlamentar, muitos deputados" e outras personalidades do partido, "a mostrar que temos esta enorme unidade", que "por muito que alguns a queiram destruir não vão conseguir", repetiu André Ventura.
O terceiro maior partido representado na Assembleia da República tem vivido alguma turbulência interna, com a liderança de Ventura a ser contestada por algumas figuras conhecidas da formação.
O epísódio mais recente foi o pedido de demissão do deputado Gabriel Mithá Ribeiro, que anunciou, na segunda-feira, que pediu a demissão de vice-presidente do Chega, depois de ter sido afastado de coordenador do gabinete de estudos. Esse cargo foi assumido por André Ventura, que no mesmo dia justificou a decisão com a reorganização interna que vai propor.
Também esta semana, o antigo vice-presidente do Chega José Dias foi suspenso por decisão da comissão de ética do partido, que vai propor também a sua expulsão, devido a uma publicação nas redes sociais na qual critica o líder, André Ventura.
O presidente do Chega não fez referência direta a estes casos, limitando-se a repetir que o partido está "unido" e irá "dar uma luta sem tréguas ao governo socialista", sublinhando que não receberá "lições" de "ninguém" sobre como o irá fazer.
"Enquanto o país arde António Costa está de férias e nem se quer teve a preocupação de vir dizer aos portugueses se concordava ou não com as afirmações absurdas que os seus ministros têm feito ao longo destes dias", disse André Ventura perante cerca de 300 militantes do Chega.
O líder do partido de extrema-direita explicou que se referia à ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, que, segundo ele, "afirmou que o incêndio na Serra da Estrela até talvez pudesse vir a ter consequências positivas" e à secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar, que teria dito que esse incêndio "nem sequer foi tão má como" se pensava.
"Pela nossa parte é muito claro, estes dois governantes deviam ir para a rua", disse André Ventura, que voltou a defender a prisão perpétua para os incendiários que também deviam ser declarados "terroristas".
O presidente do Chega criticou a tentativa frustrada de contratação de Sérgio Figueiredo por parte do ministro das Finanças, Fernando Medina, defendendo que o episódio pôs a descoberto "uma teia enorme de troca de favores que vai da Câmara de Lisboa ao Governo", sendo "os segredos de Medina" também os de Costa, com "um a cobrir os segredos do outro".
Em seguida, lançou um apelo ao Presidente da República para "não deixar passar a proposta do Governo de retirada do Gabinete Nacional Interpol e da Unidade Nacional Europol da alçada da Polícia Judiciária.
De acordo com André Ventura, a proposta tem como objetivo "calar" juízes e procuradores, alertando contra os riscos de falta de separação de poderes.
O líder do Chega criticou "as ausências" de Marcelo Rebelo de Sousa numa altura em que o país está a arder e interrogou-se sobre "o que o prende a António Costa e ao PS, acusando o Presidente da República de "estar sempre a branquear" o executivo.
Finalmente, André Ventura quis "deixar claro" que o Chega vai "avançar" com a proposta de resolução de censura ao presidente da Assembleia da República, sublinhando que Augusto Santos Silva se comporta mais como um deputado do PS.
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