Primeiro-ministro quer acelerar processo da substituição de Carlos Costa no Banco de Portugal. Seguem-se audições a partidos.
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O primeiro-ministro comunicou esta segunda-feira ao governador do Banco de Portugal que indicará o ex-ministro das Finanças, Mário Centeno, para lhe suceder no cargo. António Costa e Carlos Costa reuniram-se esta segunda-feira em São Bento para acertar ainda os detalhes sobre a saída do supervisor, bem como a entrada do ex-governante.
Segundo informação recolhida pelo CM, o primeiro-ministro deverá anunciar a nomeação de Centeno ainda antes da votação do Parlamento do projeto de lei do PAN que visa criar um período de nojo de cinco anos entre a saída de cargos governativos e a entrada no Banco de Portugal. As audições aos partidos deverão ocorrer no início da próxima semana.
O CM sabe que o governador Carlos Costa tem pressionado o calendário, já que o objetivo é ficar o mínimo tempo possível no regulador após o fim do mandato, que cessa a 9 de julho. Do lado do Governo, o objetivo era que Carlos Costa permitisse a Centeno concluir a transição na presidência do Eurogrupo sem sobressaltos, mas sem intenção de arrastar demasiado o processo.
O principal obstáculo à manutenção de Carlos Costa para além do prazo era, sabe o CM, o facto de o voto no conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE) não poder ser delegável noutros membros da administração do BdP, o que o obrigaria a continuar a representar o País nas decisões do supervisor europeu já depois de ter completado os dez anos de mandato. Aliás, o conselho de governadores do BCE tem duas reuniões agendadas para os dias 16 e 29 de julho.
Mário Centeno vê o mandato na presidência do Eurogrupo terminar a 13 de julho e ainda terá de se sujeitar a uma audição no Parlamento e a um parecer não vinculativo dos deputados, o que poderá atrasar um pouco mais a entrada no Banco de Portugal. Esta segunda-feira, no final do encontro em São Bento onde também participou o ministro das Finanças, João Leão, não houve declarações.
Mário Centeno no Banco de Portugal divide portugueses e há dúvidas sobre João Leão
Os portugueses estão divididos quanto a uma eventual ida de Mário Centeno, ex-ministro das Finanças, para o Banco de Portugal. Ainda que a maioria (51,8%) aprove tal ‘promoção’ ao lugar de governador, há também 48,2% de inquiridos que se mostram contra a nomeação do antigo titular das Finanças para a supervisão. Os dados foram apurados no barómetro da Intercampus para o CM, CMTV e ‘Negócios’. Na prática, face à margem de erro da sondagem, os dois lados da barricada parecem quase empatados quanto ao futuro de Centeno.
Já quanto aos destinos do Terreiro do Paço, os inquiridos pelo barómetro mostram uma grande incerteza e incapacidade de resposta sobre se João Leão será um ministro melhor, pior ou igual a Mário Centeno. Do total dos inquiridos, 36,4% não souberam responder e outros 34,6% dizem que João Leão será igual ao antecessor na pasta. Há também 18,7% que afirmam esperar um desempenho do novo ministro pior do que o de Centeno.
Já quanto à escolha de António Costa Silva, presidente da Partex que assume o papel de consultor privado do Governo para desenhar a retoma económica do País, 50,2% dos inquiridos mostram-se favoráveis à escolha e só 27,5% dos portugueses estão contra a decisão.
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FICHA TÉCNICA Objetivo Sondagem realizada pela Intercampus para o CM e a CMTV, com o objetivo de conhecer a opinião dos portugueses sobre diversos temas da atualidade da política nacional. Universo População portuguesa, com 18 ou mais anos, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal continental. Amostra É constituída por 610 entrevistas, com a seguinte distribuição: 292 a homens e 318 a mulheres;133 a pessoas entre os 18 e os 34 anos, 220 entre os 35 e os 54 anos e 257 a pessoas com 55 ou mais anos; 230 no Norte, 144 no Centro, 165 em Lisboa, 45 no Alentejo e 26 no Algarve. Seleção da amostra A seleção do lar fez-se através da geração aleatória de números de telefone fixo/móvel. No lar a seleção do respondente foi realizada através do método de quotas de género e idade (3 grupos). Foi elaborada uma matriz de quotas por região (NUTS II), género e idade, com base nos dados do Recenseamento Eleitoral da população portuguesa (31/12/2016) da DGAI. Recolha da informação Através de entrevista telefónica, em total privacidade, através do sistema CATI. Os trabalhos de campo decorreram entre 9 e 13 de junho de 2020. Margem de erro O erro máximo de amostragem, para um intervalo de confiança de 95%, é cerca de 4,0% Taxa de resposta 62%
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