A edição de hoje
Mil milhões separam o governo e Bruxelas nas metas orçamentais.
O primeiro-ministro acredita que os números orçamentais que separam Portugal de Bruxelas vão acabar por bater certo. "Chegaremos sem dificuldade a um ponto de entendimento", afirmou António Costa no final da viagem oficial de dois dias a Cabo Verde.
António Costa visita Tarrafal
Para o chefe de Governo, os mil milhões de euros que colocam o Executivo e a Comissão Europeia em patamares distintos de metas orçamentais não são "nem uma questão de exigência, nem de disparidade".
"Convém que não haja confusões entre o cumprimento dos nossos compromissos eleitorais e o incumprimento dos nossos compromissos internacionais. Cumpriremos uns e outros", frisou António Costa, adiantando que essa garantia ficará demonstrada na sexta-feira. "No projeto de orçamento que apresentaremos até ao final da semana na Comissão Europeia deixaremos isso muito claro".
O primeiro-ministro acredita também que "a Europa percebe os sacrifícios brutais que os portugueses sofreram ao longo dos quatro anos e o que isso custou à economia e às empresas".
Ainda assim, admitiu que o facto de o défice estrutural - isolado de medidas extraordinárias e dos efeitos da conjuntura económica - de 2015 ter sido mais elevado do que o previsto, o próximo Orçamento obriga "a um esforço acrescido".
Costa encerrou esta quarta-feira a primeira visita oficial. O destino escolhido foi Cabo Verde. Ao lado do homólogo, José Maria Neves, o primeiro-ministro visitou esta quarta-feira o antigo campo de concentração do Tarrafal.
Na ocasião, António Costa destacou a proximidade entre os dois países, lembrando que a luta pela liberdade em Portugal, em 1975, e o processo de descolonização, foram "duas batalhas gémeas".
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