A edição de hoje
Manuel Frexes, antigo autarca e atual deputado do PSD, ouvido por suspeitas de corrupção.
O deputado Manuel Frexes, do PSD, foi constituído arguido por suspeitas de crimes de corrupção e prevaricação por, alegadamente, entre 2009 e 2011, no último mandato como presidente da Câmara do Fundão, ter beneficiado empresas em projetos da autarquia e, com isso, ter obtido vantagens patrimoniais, entre as quais um apartamento em Lisboa.
"É falso. Não sei do que está o Ministério Público a falar. Nem eu, nem a minha mulher, nem as minhas filhas temos qualquer apartamento em Lisboa. E isso não é coisa fácil de esconder", disse ao CM o deputado que, na quinta-feira esteve no Departamento de Investigação e Ação Penal de Coimbra.
O processo refere-se a projetos adjudicados a três empresas da Guarda, mas que nunca foram executados.
"A maior parte diz respeito a água e saneamento. Uns foram executados, outros não, mas era importante que os projetos estivessem concluídos para podermos avançar com uma candidatura a sete milhões de euros de fundos comunitários que nos permitiu estender a rede de saneamento a quase 100% do concelho."
Frexes diz que a acusação não faz sentido e que a questão do apartamento em Lisboa "é uma mentira pegada". O também líder da distrital do PSD de Castelo Branco fala em "ataque político, externo ou interno, em ano de eleições".
PORMENORES
Diligências
Já em setembro a PJ tinha feito buscas às instalações da Câmara do Fundão. Em outubro, o Ministério Público requereu o levantamento da imunidade parlamentar de Manuel Frexes, o que aconteceu no mês seguinte.
Rebater "ponto por ponto"
Manuel Frexes é suspeito de ter beneficiado as sociedades com as quais a Câmara do Fundão assinou contratos para projetos de fiscalização. O deputado social-democrata diz ao CM estar "tranquilo em relação ao desfecho do processo" e que irá "rebater ponto por ponto".
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