Presidentes das câmaras municipais de Setúbal, Palmela e Sesimbra anunciaram que vão pedir uma reunião urgente à ministra da Saúde.
Os presidentes das câmaras municipais de Setúbal, Palmela e Sesimbra defenderam, esta quinta-feira, a continuidade da urgência de obstetrícia no hospital de Setúbal e anunciaram que vão pedir uma reunião urgente à ministra da Saúde.
A posição dos autarcas dos três municípios da zona da Arrábida foi expressa após uma reunião realizada, esta quinta-feira à tarde, com a administração da Unidade Local de Saúde da Arrábida (ULSA) para se inteirarem das dificuldades na urgência de obstetrícia do Hospital de São Bernardo, que, juntamente ente com as urgências de obstetrícia dos hospitais do Barreiro (Nossa Senhora do Rosário) e de Almada (Garcia de Orta), garante o atendimento daquele serviço, de forma alternada, na Península de Setúbal.
Apesar da falta de médicos no Hospital de São Bernardo, em Setúbal, os autarcas dos três municípios da zona da Arrábida consideram que seria melhor manter em funcionamento a urgência de obstetrícia da ULSA e manifestaram desagrado pela eventual concentração de urgência de obstetrícia da Península de Setúbal no Hospital Garcia de Orta, em Almada.
"No Hospital de São Bernardo, a equipa de obstetrícia não faz só urgência, há todo um manancial de atividades programadas, de acompanhamento pós-natal, de neonatologia, do cancro do colo do útero. Ou seja, há todo um conjunto de áreas relacionadas com o serviço e a direção clínica da Obstetrícia que não se inicia nem se esgota com urgência, que são as atividades programadas", advertiu Francisco Jesus, presidente na Câmara de Sesimbra e porta-voz dos três autarcas.
"Se nós dissermos que vamos passar toda a urgência para o Garcia de Orta, só há duas hipóteses: ou se reforça no Garcia de Orta e aqui deixa de se ter urgência, mantém-se a atividade programada, seguindo os utentes da região de Setúbal, deixando, provavelmente, de ter bloco de partos, não sabemos", afirmou.
"Se for para levar os obstetras, ginecologistas obstetras, do Hospital de São Bernardo para o Garcia de Orta, reforçando não apenas as urgências, mas também aquilo que é atividade programada, o que temos a dizer é que esta atividade aqui, no Hospital de São Bernardo, pode estar em causa", concluiu.
Francisco Jesus deixou ainda claro que os autarcas da região não querem que a urgência de obstetrícia saia do Hospital de São Bernardo, considerando que a eventual concentração da urgência de obstetrícia no Garcia de Orta "é abrir caminho para que não se resolva e não se amplie uma resposta, que é hoje altamente deficitária no Serviço Nacional de Saúde (SNS)".
Quanto à eventual contratação de médicos para vagas carenciadas, mediante o pagamento de um valor adicional, Francisco Jesus considerou tratar-se de uma injustiça para os médicos que já têm vínculo contratual, mas lembrou que, dos atuais oito médicos da urgência de obstetrícia do Hospital de São Bernardo, seis já foram contratados no âmbito do regime de vagas carenciadas.
O porta-voz dos três municípios lembrou ainda que, de um total "de 1.800 obstetras a nível nacional, o setor público tem apenas 800", defendeu a manutenção da urgência de obstetrícia do Hospital de São Bernardo e reiterou a necessidade de se criarem condições necessárias para atrair mais médicos para o SNS.
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