Partido considera que "ou o Governo está a colocar em risco os doentes ao encerrar o serviço ou, então, já tem o negócio fechado com alguma empresa".
O BE/Açores disse esta segunda-feira que vai pedir esclarecimentos ao Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) sobre a intenção de privatização do serviço de hemodiálise do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.
O partido informou em comunicado que o deputado regional António Lima "vai propor a audição no parlamento, com caráter de urgência, da secretária regional da Saúde, da diretora do serviço de nefrologia do HDES, das duas empresas que realizaram os planos funcionais para a reorganização e redimensionamento do HDES e da Associação Portuguesa de Insuficientes Renais (APIR)".
O objetivo da proposta é obter esclarecimentos sobre a intenção do executivo açoriano de privatizar o serviço de hemodiálise, compreender por que motivo os planos funcionais do hospital apontam para a externalização e, ainda, para perceber que empresa privada vai realizar este serviço.
"Embora não exista nos Açores qualquer clínica privada que realize hemodiálise, o Governo Regional anunciou que vai externalizar este serviço essencial", referiu o BE/Açores na nota.
Acrescentou que a unidade de hemodiálise do HDES "está há muito tempo a precisar de obras de ampliação e [de] remodelação para tratar dos doentes com dignidade e para aumentar a capacidade por forma a responder às necessidades".
A obra "esteve prevista nos Planos de Investimentos da Região desde 2023 - onde foi incluída por proposta do bloco -, mas desapareceu agora da proposta de Plano para 2026 entregue no parlamento pelo Governo Regional", observou.
Hoje, após uma reunião com a APIR, o líder e deputado regional do bloco açoriano referiu que "ou o Governo está a colocar em risco os doentes ao encerrar o serviço sem a garantia de que alguém o vai prestar no privado ou, então, já tem o negócio fechado com alguma empresa".
No dia 21 de outubro, admitindo que será necessário a externalização da hemodiálise, a titular da pasta da Saúde nos Açores, Mónica Seidi, disse que não será no imediato, mas "naturalmente fará parte do plano futuro do HDES".
"Não vemos nenhuma racionalidade nesta decisão" de privatizar o serviço de hemodiálise, mas apenas "uma vontade e uma visão claramente ideológica para que a saúde seja prestada cada vez mais por privados, garantindo os lucros através do Orçamento da Região", disse esta segunda-feira António Lima.
Para o deputado do BE/Açores, esta opção do Governo Regional "pode provocar dificuldades de recursos humanos, porque além dos profissionais que serão contratados para a clínica privada, o hospital terá sempre de ter uma unidade para responder aos doentes em situação aguda".
Além disso, concluiu, "como defende a APIR, ter o serviço de hemodiálise no hospital dá mais garantias de segurança aos doentes, porque é importante ter acesso a um serviço de urgência e a outras especialidades caso haja alguma intercorrência no tratamento".
Nos Açores existem cerca de 400 doentes que fazem hemodiálise, segundo a delegação regional da Associação Portuguesa de Insuficientes Renais.
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