"Nós somos os filhos do SNS e diremos aqui em todo o lado: não privatizamos aquela que é a maior conquista da democracia portuguesa", disse Catarina Martins.
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A coordenadora do BE disse este domingo levar muito a sério o repto lançado por António Arnaut e João Semedo para salvar o Serviço Nacional de Saúde e avisou que não aceitará a privatização da maior conquista da democracia portuguesa.
"Nós somos os filhos do SNS e diremos aqui em todo o lado: não privatizamos aquela que é a maior conquista da democracia portuguesa e que levamos tão a sério o repto de António Arnaut e João Semedo para salvar o Serviço Nacional de Saúde", acentuou.
O grupo parlamentar do PS propôs na quarta-feira que as Parcerias Público Privadas (PPP) na saúde, no futuro, passem a ter um caráter temporário "supletivo" em relação à gestão pública, requerendo uma explicação "devidamente fundamentada", depois de na semana passada os bloquistas terem apresentado o fim das parcerias público-privadas e das taxas moderadores nos cuidados primários e nos atos prescritos por profissionais como pontos a que tinham chegado a acordo com o Governo.
Horas mais tarde, o Governo esclareceu que "não fechou qualquer acordo com um partido em particular" sobre a Lei de Bases da Saúde.
A dirigente bloquista, que falava no encerramento de um comício do partido no Porto, considerou que, ao invés de controlar o sistema financeiro, como foi prometido, fez-se "a sangria da maior riqueza da Europa", o estado social, para alimentar o sistema financeiro.
"O que foi feito nos últimos anos foi uma financeirização de todas as áreas de atividade e uma pressão gigantesca para, não só destruir os direitos do trabalho como privatizar as várias áreas do estado social. Querem assaltar-nos, estão a assaltar-nos e nós estamos aqui para travar esse assalto", defendeu, sublinhando que a democracia não é biombo de sala da União Europeia.
Segundo a coordenadora do BE, apesar das muitas promessas que foram feitas aquando da crise do sistema financeiro, as regras não chegaram e aquilo que aconteceu "foi ainda pior".
"Na verdade, aquilo que aconteceu foi ainda pior do que as regras não chegarem. Fizeram-se coisas como transformar em presidente da Comissão Europeia aquele que era o primeiro-ministro do país, que era um offshore para lavar o grande capital. E esta decisão foi tomada por alguém", salientou.
Para Catarina Martins, a União Europeia não é "uma abstração", é construída por forças políticas e cada vez que "um governo e que um partido político que teve responsabilidades governativas diz que não pode porque a União Europeia não deixa, está a mentir".
"Todos nós podemos, saibamos reclamar", concluiu a líder do BE, acrescentando que o partido também se oporá a todos os projetos de privatização da Segurança Social.
Para a bloquista, é claro que o "estado social, que é condição de democracia e de igualdade, é futuro e não passado, pelo que "quem quer convencer que é insustentável, o que quer é fazer negócio" com o que é dos portugueses, tornando-os cada vez mais pobres.
Catarina Martins avisou ainda que quem chegar tarde em 26 maio, dia de eleições europeias em Portugal, "pode bem, chegar tarde, a outubro".
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