Posições foram assumidas pela coordenadora do Bloco e pelo secretário-geral do PCP em declarações aos jornalistas à margem da participação na manifestação nacional de trabalhadores não-docentes.
1 / 2
O BE e o PCP desvalorizaram hoje a contraproposta orçamental apresentada pelo Governo ao PS na quinta-feira, criticando o executivo pelo que dizem ser a falta de resposta em matérias como salários ou habitação.
Estas posições foram assumidas pela coordenadora do Bloco, Mariana Mortágua, e pelo secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, em declarações aos jornalistas à margem da participação na manifestação nacional de trabalhadores não-docentes, promovida pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, em Lisboa.
A coordenadora do BE sublinhou a importância de, em democracia, haver alternativas políticas e defendeu, em crítica ao PS, que "quem sustenta o Governo de direita não é alternativa à esquerda" e que "essa (alternativa) é uma coisa que deve ser construída".
Mariana Mortágua pediu aos partidos "firmeza nas posições", alegando que o que o que "for destruído agora muito dificilmente se recupera" e defendeu a necessidade de um "outro projeto" que tenha opções distintas em matéria de educação, habitação, migrações, trabalho, salário e educação.
Questionada sobre a proposta ontem apresentada pelo Governo ao PS, Mortágua disse que não era pelo recuo em matéria de IRC ou "a mitigação de uma medidas que era injusta" no IRS Jovem que "este passa a ser um bom orçamento".
Com estas opções, disse, o Governo vai dar "uma borla fiscal só de 50 milhões em vez de 100 milhões à EDP" e continua sem "cobrar os impostos das barragens".
"Não vamos ter dúvidas sobre a natureza deste orçamento, sobre aquilo que ele faz aos serviços públicos", acrescentou.
A bloquista defendeu que o Governo segue uma "política para a elite" e que se vê isso na política fiscal, no SNS e na habitação onde, disse, o executivo "está a abrir as portas à especulação e a fechar as portas a todas as pessoas que precisam de uma casa".
O secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo desvalorizou o recuo no IRS Jovem e no IRC referindo que as prioridades do Governo deveriam ser as condições de trabalho, os salários e "tudo o que é essencial para o dia a dia da maioria".
"Tudo isso fica fora desta suposta negociação. Só demonstra o afastamento que há entre as supostas questões centrais que estão em discussão entre alguns partidos e a vida das pessoas. É um erro tremendo. Só leva à conclusão de que, independentemente do desfecho do processo, lá vamos ter um orçamento que não corresponde em nada às necessidades das pessoas", considerou.
Para Paulo Raimundo, não interessa à maioria das pessoas "se vai ou não haver um orçamento", mas sim se "há resposta aos problemas" e lamentou que não sejam conhecidos outros aspetos do documento orçamental que será apresentado pelo Governo.
"O resto é uns a empurrarem para os outros, ver quem é que fica melhor na fotografia. No fim do dia, tudo espremido, vamos ter um orçamento que responde às opções do Governo e as opções do Governo não correspondem às necessidades destas pessoas", concluiu
Ao nível do IRS jovem, na contraproposta apresentada ao PS, o Governo deixa cair a tabela que propunha com taxas máximas de 15% e passa a partir do modelo atualmente em vigor, do executivo socialista de António Costa, mas alargando-o a todos os jovens independentemente das qualificações, a sua duração temporal de cinco para 13 anos e limitando-o a rendimentos até ao sexto escalão (na sua proposta original ia até ao oitavo).
Já no IRC, mantém o objetivo de descida transversal deste imposto para as empresas, mas de forma menos ambiciosa: um ponto percentual em 2025 (em vez de dois) e quatro pontos em vez de seis até ao fim da legislatura, quando se fixaria nos 17% (no programa do Governo a meta eram 15%).
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.