"Portugal precisa de um reforço amplo e expressivo do Bloco de Esquerda", afirmou Mariana Mortágua.
O líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, e a deputada Mariana Mortágua apelaram ao voto no partido nas legislativas, pedindo força para "travar uma maioria absoluta do PS", mas também um eventual "bloco central".
"Portugal precisa de um reforço amplo e expressivo do Bloco de Esquerda", afirmou Mariana Mortágua.
Pedindo "um mandato claro aos eleitores", a deputada salientou que o partido quer "força para determinar políticas nas questões cruciais para o desenvolvimento do país".
O BE quer "força para travar a maioria absoluta do PS, e a maioria absolutíssima desse acordo de bloco central PSD e PS que agora está a ser namorado pelo primeiro-ministro", mas também "força para responder à emergência climática, força para fazer respeitar o trabalho e o salário, força para proteger os serviços públicos, que são condição de igualdade", disse a deputada.
"O voto no PS é instabilidade da aliança com a direita, o voto no Bloco é a estabilidade e a força da esquerda pelo seu povo", frisou.
Mariana Mortágua e Pedro Filipe Soares discursaram, antes da coordenadora do BE, num comício distrital do partido que decorreu em Lisboa e juntou cerca de centena e meia de pessoas.
Apontando que "a direita se engalfinha por tudo e por nada porque a direita é nada para o país", a deputada apontou que "ofereça agora Rui Rio um acordo de bloco central a Costa e venha António Costa antecipar pontes com a direita" e isso "é só a repetição de um passado" a que os portugueses "não querem voltar".
"Por isso mesmo, pela recordação do passado a que não queremos voltar, a esquerda tem uma gigantesca responsabilidade de apresentar soluções, soluções estruturais que vão ao que conta, que mudam a vida das pessoas, e não remendos para os problemas do país", disse.
Mariana Mortágua salientou também que, na sequência das eleições legislativas de 2019, "a hipótese de assinar um novo acordo escrito com o Bloco de Esquerda foi imediatamente rejeitada".
"A instabilidade foi a forma que António Costa escolheu para mostrar ao país que exige uma maioria absoluta, mas chegado o momento da clarificação, o PS tem o dever de dizer porque recusou os compromissos mais necessários", defendeu.
Intervindo depois, o líder parlamentar do BE afirmou que a escolha nas próximas eleições legislativas "é tão simples, tão clara, tão óbvia, mas tão necessária de mobilização do povo à esquerda".
"Esta é a esquerda que não tem medo de ser esquerda, que nasceu para combater a direita e o pântano de quem quer trazer o lamaçal para o centro da vida política. E sempre que o povo da esquerda confiou no Bloco de Esquerda, conseguimos fazer esse caminho", salientou Pedro Filipe Soares.
O dirigente mostrou-se igualmente convicto de que nestas eleições os bloquistas serão "novamente fundamentais" para isso.
Pedro Filipe Soares afirmou também que "se estas eleições para uns se justificam pelas divergências que o PS quis cultivar e criar os com partidos à esquerda, do lado dos partidos à direita há uma enorme convergência, todos estão num enorme lamaçal".
O líder parlamentar do BE concretizou de seguida que o CDS "mais parece um partido em vias de extinção", em que "o marialvismo substituiu qualquer ideia de democracia" e em que "o debate de ideias se resume a desafios para duelos mano a mano".
No caso do PSD, "o nível do debate pouco melhor é".
"Diz Rui Rio de Rangel que ele é incompetente para primeiro-ministro, e eles conhecem-se bem, lá saberá. Diz Rangel de Rio que lhe falta competência, a Rio, para primeiro-ministro e nós confiamos, não temos disso dúvida nenhuma", afirmou o bloquista.
Já o Chega, "fomenta o ódio" para "esconder de onde vem e ao que vem", acrescentou.
E criticou que o PS "estenda a mão para puxar este pântano para o centro da vida política".
O Presidente da República convocou eleições legislativas antecipadas para 30 janeiro de 2022 na sequência do "chumbo" do Orçamento do Estado do próximo ano, no parlamento, em 27 de outubro.
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