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BE reafirma que garante estabilidade se for Governo

Catarina Martins salienta que o importante é o compromisso político.

22 de outubro de 2015 às 23:55

A porta-voz do Bloco de Esquerda reafirmou esta quinta-feira que o seu partido está empenhado em garantir estabilidade governativa nos próximos quatro anos e que a participação de elementos daquela formação política num Governo de esquerda "é secundária".

Em entrevista à TVI24, sobre as negociações que decorrem com o Partido Socialista e a CDU para criar uma alternativa de Governo, Catarina Martins afirmou que o "Bloco de Esquerda está empenhado numa situação de estabilidade a quatro anos".

"O Bloco é garantia de que um Governo que quebra o ciclo de empobrecimento e recupera rendimentos e pensões, protege o Estado social terá estabilidade, essa é a nossa garantia", declarou, na entrevista conduzida pela jornalista Judite de Sousa.

Questionada sobre a participação do partido num eventual Governo de esquerda, Catarina Martins afirmou que o assunto era "secundário", salientando que o importante é um "compromisso político que faça a diferença".

Compromisso ainda não está fechado

"Eu sei que parece extraordinária, mas ainda não discutimos isso, porque, para nós, o que é importante é garantir as condições de recuperação dos salários e das pensões", sublinhou.

Sobre as negociações, a porta-voz do Bloco disse que ainda existem "pontos em aberto", mas que o caminho percorrido até ao momento "foi de tal forma produtivo" que vão chegar a "bom porto".

Catarina Martins especificou também que o seu partido não está a impor o seu programa de Governo.

"As medidas que nós propomos não colocam em causa o equilíbrio do quadro macro-orçamental que o Partido Socialista sufragou", afirmou.

"Porque, por muito que eu não concorde com ele, o Partido Socialista teve 30% dos votos e o Bloco de Esquerda teve 10% dos votos e, portanto, nós não podemos impor o nosso quadro macroeconómico, mas podemos fazer outra coisa com a força da votação que tivemos e com a clareza que tivemos na campanha podemos forçar à recuperação de rendimentos e é isso que estamos a fazer", vincou.

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