"É incontornável esta escolha que o Governo faz e que envia uma mensagem ao país e a mensagem é que o SNS é para continuar a destruir", acusou Mariana Mortágua.
A coordenadora nacional do BE criticou esta quarta-feira a recondução no Governo PSD/CDS-PP do ministro Paulo Rangel, por não reconhecer o Estado da Palestina, e da responsável pela pasta da Saúde, Ana Paula Martins.
"Está a ser reconduzido como ministro dos Negócios Estrangeiros o homem, e o Governo, que é responsável por não reconhecer o Estado da Palestina. Quantas mais pessoas terão de morrer? Será que é preciso matar todos os palestinianos para que o Governo português resolva reconhecer o Estado da Palestina? É inaceitável o que está a acontecer", criticou Mariana Mortágua, à margem de uma manifestação de apoio à causa palestiniana que decorreu esta tarde, em Lisboa.
A também deputada única falava à imprensa horas depois de ter sido conhecida a lista de ministros do XXVI Governo Constitucional, criticando também a recondução de Ana Paula Martins na tutela da área da Saúde.
"É incontornável esta escolha que o Governo faz e que envia uma mensagem ao país e a mensagem é que o SNS é para continuar a destruir", acusou.
A bloquista, que na legislatura passada pediu por várias vezes a demissão de Ana Paula Martins, considerou que a sua continuidade no executivo "é incompreensível", atribuindo-lhe "incompetência" e a intenção de implementar "um plano de destruição do SNS".
"Temos urgências fechadas, pessoas a morrer sem conseguir chegar ao hospital e sem ter o atendimento que precisam, as urgências obstétricas continuam a ser um problema em Portugal e nada disso foi resolvido. A recondução de Ana Paula Martins é incompreensível a não ser num contexto em que o objetivo é mesmo destruir o SNS", insistiu.
Mortágua atirou ainda à nova ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, até hoje Provedora da Justiça.
"Sobre este nome eu só quero deixar uma nota: foi a juíza do Tribunal Constitucional que apoiou as medidas de austeridade e que se opôs à declaração de inconstitucionalidade dos cortes do último Governo da direita, quando Luís Montenegro era líder parlamentar, quis fazer a Portugal", notou.
Já sobre a criação de um novo ministério dedicado à reforma do Estado, Mortágua disse não saber o que isso é.
"Destruir o SNS e fazer ao lado um Ministério que não se sabe para que serve, inspirado nas motosserras da Argentina ou nos DOGES, que são os departamentos para cortar a eito no Estado dos Estados Unidos da América, não nos diz nada sobre o futuro dos Estados", argumentou.
Sobre o facto de o Presidente da República ter sido hoje confrontado por uma mulher durante uma visita à Feira do Livro de Lisboa, que o acusou de inação face à crise na Palestina, a bloquista disse compreender a necessidade de "interpelar o Governo, o Presidente da República e as autoridades portuguesas que estão a assistir em direto a um genocídio".
"As gerações futuras vão pedir-nos responsabilidades por aquilo que fizemos e não fizemos para enfrentar um genocídio perante a morte de milhares de crianças, de milhares de inocentes à fome, com falta de cuidados de saúde ou assassinadas pelas bombas do Estado de Israel. Reconhecer o Estado da Palestina é o mínimo da decência que cabe ao Governo português", defendeu.
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