Primeiro-ministro acusou José Luís Carneiro de ter parado no tempo e considerou que ficaria bem ao PS assumir "o erro das políticas que protagonizou ou apoiou".
O líder socialista considerou esta quarta-feira "o falhanço" a marca do ano e meio da governação de Luís Montenegro, tendo o primeiro-ministro defendido que o PS se transformará numa "força política irrelevante" se mantiver esta "posição negativista".
"A palavra que mais sobressai neste ano e meio em que o senhor tem responsabilidades é a palavra falhanço de várias políticas públicas que eu queria sublinhar hoje neste parlamento", acusou José Luís Carneiro na intervenção, em nome do PS, no regresso dos debates quinzenais com Luís Montenegro no parlamento.
O secretário-geral do PS acusou o primeiro-ministro de ter falhado na saúde, habitação, educação e política económica, pedindo a Luís Montenegro que "deixe de planar e desça à terra" e responda o que tem feito às propostas do PS na área da defesa, habitação e emergência hospitalar.
Na resposta, o primeiro-ministro acusou José Luís Carneiro de ter parado no tempo e considerou que ficaria bem ao PS assumir "o erro das políticas que protagonizou ou apoiou".
"Não ver o óbvio, não ver aquilo que toda a gente vê, não sentir, apesar do muito que há para fazer, aquilo que está a ser feito e o efeito que tem, acho que vai transformar o Partido Socialista numa força política irrelevante para resolver problemas em Portugal", atirou o chefe do executivo.
Montenegro lamentou que isso possa acontecer graças ao que apelidou de "posição negativista e absolutamente irrealista".
Para o primeiro-ministro, a oposição feita pelo PS "não tem eco no país" e "é apenas a dor, para não dizer o sofrimento, de quem perdeu o chão, de quem olha para a vontade política genuína do povo e percebe que, afinal, o povo não entende aquilo que os senhores querem para o país".
José Luís Carneiro começou a sua intervenção com as boas-vindas à deputada do BE Andreia Galvão, que vai substituir Mariana Mortágua enquanto a líder do BE integra a flotilha que segue com ajuda humanitária até Gaza.
O líder do PS lamentou ainda que Montenegro "tenha escondido da opinião pública durante a campanha eleitoral" as alterações à lei laboral "altamente nocivas".
Carneiro começou por referir-se aos problemas da saúde, afirmando que "nunca nasceram tantas crianças nas ambulâncias portuguesas e, mais grave, houve mesmo uma mãe que chegou a dar à luz, na rua, um cenário nunca visto no nosso país".
"Já agora, quero lembrar-lhe uma promessa que fez neste parlamento. Prometeu que iria diminuir a lista de espera das cirurgias oncológicas. Hoje, a lista das cirurgias oncológicas, infelizmente, lamentavelmente, é a maior, para mal dos portugueses", acusou.
Sobre a habitação, o líder do PS referiu que, "pelo segundo trimestre consecutivo, Portugal é dos países em que o custo da habitação mais subiu", recorrendo a um gráfico que mostrou a Montenegro para ilustrar esta subida.
Sobre "as falhas graves na educação", Carneiro apontou as diferenças nos números do ministro da Educação sobre alunos sem professores a pelo menos uma disciplina.
"Hoje o Governo lança foguetes porque cresce 1.8%, 1.9% ou 2.1%, ou seja, sempre abaixo do crescimento dos governos do Partido Socialista. Pior, os níveis de execução do investimento público no nosso país estão nos piores níveis de sempre", disse ainda, sobre as questões económicas.
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