Secretário-geral do PS defende esclarecimentos "cabais" da PGR e o apuramento de responsabilidades.
O secretário-geral do PS considerou esta sexta-feira à noite, em Toronto, "de especial gravidade" a não comunicação ao Supremo Tribunal de Justiça de escutas que envolveram António Costa, defendendo esclarecimentos "cabais" da PGR e o apuramento de responsabilidades.
Questionado pela agência Lusa sobre o reconhecimento feito pelo Ministério Público --- que identificou sete escutas da Operação Influencer onde o então primeiro-ministro António Costa era interveniente e que, "por razões técnicas diversas", não foram comunicadas ao Supremo ---, o líder socialista sublinhou que a lei é clara quanto às obrigações da investigação quando surgem interceções envolvendo o chefe do Governo.
"Já pude dizer publicamente que entendo que os factos que são domínio público têm uma especial gravidade", afirmou José Luís Carneiro.
"A lei estabelece que, sempre que há escutas que intercedam quaisquer conversas que envolvam, ou que indiretamente possam integrar conversas do primeiro-ministro, elas devem ser comunicadas ao Supremo Tribunal de Justiça", disse.
"É público que não terão sido comunicadas ao Supremo Tribunal de Justiça, o que constitui uma falha grave", acrescentou.
Carneiro defendeu, por isso, que o procurador-geral da República deve prestar "um esclarecimento cabal daquilo que se passou" e avançar com o "apuramento de responsabilidades".
O secretário-geral do PS assinalou ainda que será com base nesses esclarecimentos e nesse "apuramento de responsabilidades" que o partido decidirá se avança ou não com "outras iniciativas" para garantir um "esclarecimento integral" da situação.
Sobre as consequências políticas do comunicado emitido pela PGR em novembro de 2023, que precipitou a demissão de António Costa e alterou o quadro político então marcado por uma maioria absoluta socialista, José Luís Carneiro limitou-se a responder: "Para já, aquilo que quero dizer é aquilo que acabei de afirmar, e para já é suficiente."
A Procuradoria-Geral da República (PGR) reconheceu esta sexta-feira que foram identificadas sete escutas em que o ex-primeiro-ministro António Costa era interveniente e que não foram comunicadas ao Supremo Tribunal de Justiça "por razões técnicas diversas".
Em comunicado, a PGR explicou que, recentemente, "no decurso de nova análise a todas as escutas realizadas" no âmbito da Operação Influencer, foram identificadas sete interceções "em que também era interveniente o primeiro-ministro António Costa, facto que, por razões técnicas diversas, não havia sido detetado inicialmente".
Em 07 de novembro de 2023, foram detidas e posteriormente libertadas, no âmbito da Operação Influencer, cinco pessoas, incluindo o então chefe de gabinete de Costa, Vítor Escária.
Há suspeitas de crime na construção de um centro de dados em Sines, distrito de Setúbal, na exploração de lítio em Montalegre e Boticas, ambas no distrito de Vila Real, e na produção de energia a partir de hidrogénio, também em Sines.
O caso levou à queda do Governo de maioria absoluta do agora presidente do Conselho Europeu.
O dirigente socialista falava no primeiro dia de uma deslocação de três dias ao Canadá, acompanhado por Paulo Pisco, adjunto do secretário-geral para as Comunidades Portuguesas, que inclui encontros com a comunidade portuguesa, visitas a instituições luso-canadianas e contactos políticos em Toronto e Montreal.
A visita integra reuniões com dirigentes associativos, autarcas federais de origem portuguesa, responsáveis de sindicatos e instituições sociais, bem como uma intervenção na gala do Magellan Community Centre, em Toronto, que deverá reunir mais de duas mil pessoas.
A comitiva segue no domingo para Montreal, onde encerrará a visita com uma conferência de imprensa na Casa dos Açores local.
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