Num dos debates mais tensos, Marcelo Rebelo de Sousa acusou Sampaio da Nóvoa de ter um passado de "vazio e de ausência".
O caso Banif e o consequente orçamento retificativo, as razões que levariam um Presidente a demitir o Governo e a independência dos candidatos marcaram os debates televisivos para as presidenciais, com a corrupção ainda como tema frequente.
Apesar de mais de duas dezenas de debates, que terminam este sábado, na véspera do início da campanha para as eleições de dia 24, poucos foram polémicos ou marcantes, com os candidatos a encontrar muitas vezes pontos de convergência.
Na reta final, num dos debates mais tensos, Marcelo Rebelo de Sousa acusou Sampaio da Nóvoa de ter um passado de "vazio e de ausência" de posições políticas, ao que o antigo reitor da Universidade de Lisboa respondeu procurando demonstrar posições contraditórias do adversário, conhecido pelos comentários e análises semanais na televisão.
Um dos debates com mais trocas de acusões foi o que opôs Marcelo Rebelo de Sousa e Maria de Belém Roseira que se acusaram de malícia e incoerência, num debate com sucessivas críticas pessoais em que recorreram a episódios das décadas de 80 e 90.
Neste frente a frente Marcelo Rebelo de Sousa confrontou Maria de Belém com a falta de apoio do PS e o silêncio de António Costa sobre a sua candidatura, o que a socialista considerou "perfeitamente normal", rejeitando que esteja a dividir o seu partido. Por sua vez, a antiga ministra da Saúde procurou demonstrar que o social-democrata não é fiável e referiu que este em tempos chamou "lelé da cuca" ao fundador do PSD Francisco Pinto Balsemão, quando este era primeiro-ministro.
Em pouco mais de uma semana os candidatos debateram exaustivamente o resgate do Banif (Banco Internacional do Funchal) aqui com opiniões divergentes.
Marisa Matias, Paulo de Morais e Henrique Neto afirmaram-se contra e não viabilizariam o orçamento retificativo, Edgar Silva apesar de contra viabilizava. Os candidatos apoiados pelo Bloco de Esquerda (Marisa Matias) e pelo PCP (Edgar Silva) viriam depois a clarificar a posição sobre a matéria, tendo em conta a lei, ou seja, seriam obrigados a promulga-lo após uma segunda aprovação no parlamento.
Do outro lado, Cândido Ferreira, Maria de Belém, Marcelo Rebelo de Sousa e Sampaio da Nóvoa disseram que viabilizariam o orçamento. E pelo meio ficou Jorge Sequeira, que preferia ver o banco falir, e Vitorino Silva, que não foi explícito sobre o que preferia.
Com exceção de Cândido Ferreira, que logo no dia 02 anunciou que não participaria nos debates televisivos por considerar que havia desigualdade de tratamento entre os candidatos, os restantes discutiram também as aproximações e ligações a partidos políticos e de forma geral distanciaram-se da atuação do atual Presidente da República. E não foram explícitos sobre o que fariam no caso de o PS ficar sem apoio parlamentar.
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