Francisco Rodrigues dos Santos acusou o Governo de estar a "correr atrás do prejuízo".
O presidente do CDS-PP pediu esta sexta-feira respostas "claras" por parte do coordenador do plano de vacinação contra a covid-19 e acusou o Governo de estar a "correr atrás do prejuízo" e a colocar o país "na cauda da Europa".
"É alarmante notar que o Governo, até agora, nada fez e que arrisca-se a colocar Portugal mais uma vez na cauda da Europa na vacinação, tornando o cidadão português inferior ao cidadão alemão, espanhol francês ou holandês que está neste momento com uma segurança e tranquilidade", afirmou Francisco Rodrigues dos Santos.
Em declarações aos jornalistas, à margem de uma visita ao Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, o presidente do CDS-PP acusou o Governo de estar a "correr atrás do prejuízo" e a "decidir tarde de mais", o que pode "colocar em risco a vida de muitos portugueses".
O CDS-PP requereu hoje uma audição parlamentar urgente do responsável pela 'task force' que vai delinear o plano de vacinação contra a covid-19 em Portugal, o ex-secretário de Estado da Saúde, Francisco Ramos.
Segundo Francisco Rodrigues dos Santos, o partido quer "respostas claras" e perceber qual o plano logístico para o armazenamento e a distribuição de vacinas contra a covid-19, mas também qual a estratégia para a definição dos grupos prioritários por forma a "colocar a salvo aqueles que mais precisam de ficar imunes ao vírus".
"O CDS está apreensivo dada a escassez de respostas e as mensagens contraditórias que o Governo tem dado ao nível do plano de vacinação que ainda não existe e apenas foi criada uma 'task force para o criar, numa verdadeira luta contra o tempo que terá apenas a duração de um mês", salientou.
Para o presidente do CDS-PP, este "atraso" na definição do plano de vacinação demonstra que "Portugal está a ser um país uma vez mais relapso, incompetente" e que tal pode "comprometer a salvação de vidas" numa altura em que considera fundamental "tranquilizar os portugueses". "O CDS quer respostas, um plano credível com previsibilidade que dê tranquilidade e segurança os portugueses", referiu, acrescentando que o país está "numa luta contra o tempo".
"Somos dos últimos países da Europa a iniciar este processo, o que nos coloca como dos últimos países a ser vacinados. Queremos saber qual é o plano logístico, mas também queremos saber a estratégia".
Francisco Rodrigues dos Santos afirmou ainda não perceber "as dúvidas, sinais contraditórios, falta de organização e planeamento" relativamente aos grupos prioritários a receberem a administração da vacina contra a covid-19, lembrando que "a literatura científica é absolutamente clara nesta matéria e que os idosos são altamente de risco".
O Governo criou uma 'task-force' para coordenar todo o plano de vacinação contra a covid-19, desde a estratégia de vacinação à operação logística de armazenamento, distribuição e administração das vacinas, tem um mês para definir todo o processo. Um despacho publicado na quarta-feira em Diário da República, assinado pelos ministros da Defesa Nacional, Administração Interna e Saúde, esta task-force tem um mandato de seis meses, renovável em função do progresso da operacionalização da vacinação contra a covid-19.
Portugal contabiliza pelo menos 4.209 mortos associados à covid-19 em 280.394 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
O país está em estado de emergência desde 09 de novembro e até 08 de dezembro, período durante o qual há recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado.
Durante a semana, o recolher obrigatório tem de ser respeitado entre as 23:00 e as 05:00, enquanto nos fins de semana e feriados a circulação está limitada entre as 13:00 de sábado e as 05:00 de domingo e entre as 13:00 de domingo e as 05:00 de segunda-feira.
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