"Viabilizaremos, porque já tínhamos proposto nós próprios uma comissão de inquérito ao funcionamento do INEM", anunciou André Ventura.
O Chega vai votar a favor da comissão de inquérito à gestão do INEM proposta pela IL, e quer também uma auditoria "independente completa" aos serviços de saúde que abranja os últimos 10 anos.
"Viabilizaremos, porque já tínhamos proposto nós próprios uma comissão de inquérito ao funcionamento do INEM", anunciou o líder do Chega em declarações aos jornalistas na Assembleia da República.
André Ventura indicou que o partido será "parte ativa dessa investigação" e defendeu que o âmbito dessa comissão de inquérito pode ser alargado, desde logo em termos temporais.
"Vamos viabilizar todas as chamadas ao parlamento da ministra e do Governo. Vamos acompanhar que esse escrutínio seja feito aqui na Assembleia da República, seja através de um inquérito, seja na Comissão de Saúde", indicou.
O presidente do Chega defendeu também que deve ser feita uma "auditoria completa" aos serviços de saúde, considerando que essa iniciativa deve partir do Governo.
Caso o executivo não avance, André Ventura indicou que o partido proporá essa auditoria através de um projeto de resolução (uma recomendação ao Governo, sem força de lei), "se necessário liderada pelo próprio parlamento".
"Ou a Inspeção Geral de Atividades em Saúde [IGAS], no Ministério da Saúde, promove um inquérito independente, uma auditoria independente completa, em articulação com o Tribunal de Contas, às estruturas da saúde na última década, ou o parlamento vai instar as entidades a fazê-lo e a pedir resultados apresentados no parlamento", afirmou.
O deputado afirmou ser necessário perceber porque é que o país está "a desperdiçar tanto dinheiro" e se se deve a "abusos e fraudes".
O líder do Chega insistiu também que a ministra da Saúde não tem condições para continuar no cargo, considerando que Ana Paula Martins "está politicamente muito fragilizada, se não morta politicamente, e isso não é desta legislatura, era já da anterior legislatura".
"Os casos multiplicam-se um atrás dos outros, sem que haja qualquer consequência política", criticou.
Ventura referiu o relatório da IGAS, que concluiu que a morte de um homem em novembro de 2024, durante a greve do INEM, teria sido evitada se tivesse sido socorrido num tempo mínimo e razoável, e considerou que a ministra da Saúde "acabou por ser responsabilizada pelo menos por uma morte, e estão mais oito em investigação".
"Se a ministra da Saúde foi tão lesta a dizer que assacaria essa responsabilidade política, então o que nós esperamos agora é que dê consequência e retire essa responsabilidade política", desafiou.
O presidente do Chega considerou que esta é também uma responsabilidade do primeiro-ministro por ter reconduzido Ana Paula Martins e afirmou que a ministra "não pode funcionar como uma espécie de para-raios dos problemas" de Luís Montenegro.
"Não pode ser o novo Eduardo Cabrita do PSD, que é manter alguém sob fogo permanente só para nos afastarmos dos nossos próprios problemas ou para escondermos os nossos próprios problemas", acrescentou.
Na altura, o líder do Chega foi também questionado sobre o major-general Isidro Morais Pereira admitir uma candidatura presidencial e não afastar o apoio do partido.
André Ventura voltou a dizer que o Chega "não tomou nenhuma decisão em matéria de apoiar candidaturas" e afirmou que essa "não é a prioridade das pessoas neste momento".
"Isso nada tem que ver com presidenciais e nada tem que ver com a decisão que o Chega tomará em matéria de presidenciais. Ninguém, até hoje, marcou comigo qualquer reunião sobre eleições presidenciais. Marcou uma reunião com o Chega e aparentemente ontem saiu nas notícias que tem interesse em ser candidato presidencial. Não tem nada a ver connosco com isso, não sei", indicou.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.