Em causa está o despacho sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa.
Chega e IL consideraram esta quinta-feira que o Governo saiu fragilizado do episódio do despacho sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa, enquanto o PCP insistiu que Alcochete é a única hipótese viável para substituir a Portela.
O presidente do Chega, André Ventura, considerou que o ministro das Infraestruturas "já não existe politicamente, está desautorizado a todos os níveis pelo próprio primeiro-ministro".
Ventura pediu a intervenção do Presidente da República, considerando que Marcelo Rebelo de Sousa deve "apontar o caminho da saída a Pedro Nuno Santos".
O líder do partido de extrema-direita classificou como "absolutamente lamentável" um ministro "desrespeitar diretamente o Governo e o primeiro-ministro" e depois justificar que foi "uma falha na comunicação", criticando que o "que está a acontecer em Portugal é um circo inacreditável".
Considerando que o "que se esperava de António Costa esta quinta-feira era decisão, autonomia e capacidade", Ventura disse que o primeiro-ministro "não tem nenhum destes três requisitos" e foi "desautorizado, e com ele o país todo".
O presidente do Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, considerou que o país está perante "uma novela mexicana", uma vez que houve "um ministro que foi desautorizado de uma forma humilhante" e "um primeiro-ministro que reconheceu um erro grave", mas não demitiu o governante que errou.
Na ótica do deputado liberal, o executivo socialista está "hoje mais frágil" e João Cotrim Figueiredo levantou dúvidas sobre as declarações de António Costa e Pedro Nuno Santos: "Não sabemos a história toda".
Pelo PCP, a líder da bancada, Paula Santos, acusou o PS, de "em articulação com o PSD, servir os interesses da Vinci e negar ao país o direito a ter uma infraestrutura aeroportuária que permite o desenvolvimento" nacional.
A deputada comunista disse que denota "uma grande contradição no Governo" e também "dificuldades em justificar ao país" a opção do Montijo, argumentando que a opção do Campo de Tiro de Alcochete "está consensualizada" como a mais indicada para substituir o Aeroporto Humberto Delgado (Portela).
O primeiro-ministro manifestou-se certo de que o ministro das Infraestruturas não agiu de má-fé ao anunciar uma solução para o novo aeroporto sem a concertar consigo e considerou que a confiança política está "totalmente restabelecida".
"Tenho a certeza de que o senhor ministro das Infraestruturas [Pedro Nuno Santos] não agiu de má-fé. Compreendeu bem o erro que cometeu. Teve humildade de o assumir publicamente. Teve a humildade de corrigir o erro que tinha cometido", declarou.
Na quarta-feira, o Ministério das Infraestruturas divulgou que a nova solução aeroportuária para Lisboa passava pela construção de um novo aeroporto no Montijo até 2026 e por encerrar o aeroporto Humberto Delgado, quando estivesse concluído o de Alcochete, em 2035.
O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, assumiu esta solução em entrevistas à RTP e à SIC Notícias.
Já esta manhã, o primeiro-ministro "determinou ao ministro das Infraestruturas e da Habitação a revogação do despacho ontem [quarta-feira] publicado sobre o novo aeroporto da região de Lisboa".
Esta quinta-feira ao final da tarde, depois de ter estado reunido com António Costa, o ministro das Infraestruturas e da Habitação assumiu "erros de comunicação" com o Governo nas decisões que envolveram o futuro aeroporto da região de Lisboa, afirmando que "obviamente" se mantém em funções.
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