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Chega sem acordo global com PSD/CDS na lei da nacionalidade e PS está contra

Proposta do Governo de revisão da lei da nacionalidade terá de ser aprovado com maioria qualificada, garantindo pelo menos 116 votos favoráveis do total de 230 deputados.

24 de outubro de 2025 às 10:07

O Chega vai apenas aprovar, na especialidade, alguns pontos da proposta de revisão da lei da nacionalidade que partiu do Governo, enquanto PS, BE e PCP anunciaram a sua oposição global ao processo.

Na reunião da Comissão de Assuntos Constitucionais, as propostas de revisão da lei da nacionalidade serão votadas ponto a ponto, o "vice" da bancada socialista Pedro Delgado Alves lamentou não ter sido possível um acordo com PSD e CDS, enquanto a deputada do Chega Cristina Rodrigues adiantou que votará a favor apenas de algumas delas.

Em votação final global, a proposta do Governo de revisão da lei da nacionalidade terá de ser aprovado com maioria qualificada, garantindo pelo menos 116 votos favoráveis do total de 230 deputados, o que neste momento ainda não está garantido.

Na madrugada de esta sexta-feira, PSD e CDS apresentaram mudanças às próprias propostas de alteração que tinham anunciado há uma semana em relação ao diploma do Governo. Em alguns prazos, como o da pena de dois anos de prisão efetiva para se impedir a obtenção da nacionalidade portuguesa, sociais-democratas e democratas-cristãos até se aproximaram do PS.

Na abertura da reunião, o vice-presidente da bancada do PSD António Rodrigues salientou a existência de um esforço de consenso, mas criticou outros partidos por não terem correspondido.

"As circunstâncias do país mudaram desde 2017 em relação à imigração. De 400 mil passámos para 1,5 milhões de imigrantes, que depois vão procurar a nacionalidade. Temos propostas realistas, rigorosas, que olham para a realidade do país em 2025, com projeção nos anos seguintes. Tentámos discutir com todos", disse.

Por sua vez, o vice-presidente da bancada do PS salientou o esforço de aproximação ao PSD e CDS, mas que se revelou "insuficiente", já que o diploma manterá "pontos injustos".

Por sua vez, a deputada do Chega Cristina Rodrigues declarou que o seu partido representa portugueses e não expectativas de imigrantes".

"Vamos regularizar o que estava caótico. Fizemos ajustes às nossas propostas", acrescentou.

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