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Chega vai questionar Constitucional sobre decisão de invalidar eleição de órgãos na penúltima convenção do partido

Juízes do Palácio Ratton invalidaram a eleição que decorreu na convenção de Santarém por concluírem que houve "violação das regras estatutárias".

17 de outubro de 2024 às 16:51

O presidente do Chega defendeu esta quinta-feira a legitimidade dos órgãos do Chega eleitos na última convenção, mas anunciou que o partido vai realizar uma nova reunião magna que poderá ser eletiva mediante nova decisão do Tribunal Constitucional (TC).

André Ventura falava aos jornalistas na Assembleia da República, após ser conhecida a decisão do TC que invalidou a eleição dos órgãos nacionais do partido realizada na penúltima convenção, que decorreu em Santarém em janeiro de 2023. Entretanto, o Chega já voltou a eleger novos órgãos na convenção de Viana do Castelo, no início deste ano.

O líder do Chega afirmou que os órgãos eleitos nessa convenção de janeiro deste ano "nunca foram colocados em causa pelo tribunal" e "são esses que estão em funções". E assinalou que a decisão do TC é referente à reunião anterior, pelo que, na sua opinião, os órgãos eleitos este ano "não estão, de forma alguma, colocados em causa pela decisão do tribunal".

Ainda assim, vai questionar o TC na sequência da decisão hoje tornada pública "no sentido de salvaguardar que os órgãos estão absolutamente em funções e que são registados no Tribunal Constitucional e anotados". 

André Ventura anunciou também a realização de uma nova convenção, que poderá vir a ser eletiva e estatutária, se o TC também invalidar a última reunião magna do partido, que decorreu em Viana do Castelo.

"O Chega realizou o seu congresso ordinário - não os extraordinários que verificámos - em 2019. Isto significa que o Chega terá sempre de realizar um outro congresso ordinário, independentemente de vir a ser eletivo ou não", sustentou. A primeira reunião magna do Chega aconteceu em 2019, no ano em que o partido foi oficialmente constituído.

O presidente do Chega apontou a realização do próximo congresso para entre o final deste ano e o início do próximo, indicando que "apenas será eletivo se o TC a isso o obrigar". 

"Caso contrário, será o congresso ordinário que o partido deve realizar decorrido um determinado período de tempo", indicou.

Nesta declaração, André Ventura criticou também o TC por tomar esta decisão quase dois anos depois da realização da V Convenção Nacional do Chega.

"Parece-me um pouco incompreensível. Nós estamos em outubro de 2024, esta convenção realizou-se em janeiro de 2023. Esta demora do processo decisório, seja sobre que partido for, seja sobre que circunstância for da vida de um partido, torna muito difícil, se não impossível, gerir qualquer órgão", sustentou.

Em agosto, um militante do Chega anunciou que entregou no TC um pedido de impugnação da última convenção do partido, bem como da eleição dos órgãos nacionais. Cabe também aos juízes do Palácio Ratton aceitarem as alterações aos estatutos decididas em Viana do Castelo.

"Não temos resposta nem da impugnação, nem sequer do registo dos estatutos. Estamos há um ano praticamente, desde janeiro, sem saber se os estatutos estão anotados, se os órgãos eleitos estão registados ou não, isto assim é muito difícil", sustentou o presidente do Chega.

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