Diploma do OE2022 foi votado e reprovado esta quarta-feira.
O primeiro-ministro afirmou esta quarta-feira que, se os partidos à esquerda do PS votarem ao lado da direita e chumbarem a proposta do Governo de Orçamento, será não apenas uma frustração, mas também uma derrota pessoal.
Esta posição foi assumida por António Costa no encerramento do debate parlamentar na generalidade da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 20022, momentos antes de este diploma ser votado e reprovado com os votos das bancadas à direita do PS, mas também do Bloco de Esquerda, PCP e PEV.
"Um voto contra o Orçamento por parte dos partidos da esquerda à esquerda do PS não é só uma frustração, mas é também uma derrota pessoal", declarou o líder do executivo, dizendo que partilha essa frustração com mais de 2,7 milhões de eleitores que nas eleições legislativas quiseram a continuidade da solução política de Governo à esquerda.
De acordo com o primeiro-ministro, a escolha política dos partidos à esquerda do PS "é muito simples: Com quem que estar? Quer estar com o Governo do PS, ou quer somar-se à direita contra o Governo do PS?".
"Percebo a indisfarçada alegria da direita com a inesperada interrupção da nova situação política que se iniciou em novembro de 2015. Ao contrário do que muitas vezes a direita gosta de repetir, a solução construída não foi de recurso", dizendo então que defendeu publicamente "o fim do chamado arco da governação" logo quando apresentou a sua candidatura ao cargo de secretário-geral do PS em 2014.
Para reforçar, citou a seguir o que disse no congresso do PS de novembro de 2014: "Não excluiremos os partidos à nossa esquerda da responsabilidade que também têm de não serem só partidos de protesto, mas serem também partidos de solução para os problemas nacionais".
Mas António Costa foi ainda mais longe neste ponto, invocando todo o seu percurso de vida.
"Nasci à esquerda, fui criado à esquerda e a esquerda é a minha família. Entendo que a esquerda pode ser muito mais do que a não direita. Acredito que a esquerda tem todo o potencial para construir futuro e levar o país mais além, que a esquerda não está condenada ao protesto e pode ser Governo equilibrado e responsável, capaz de transformar Portugal", declarou, recebendo uma prolongada salva de palmas.
Num derradeiro apelo às bancadas à esquerda do PS, o líder do executivo defendeu a tese de que "não é necessário que o Bloco de Esquerda, o PCP e o PEV votem a favor da proposta do Governo na generalidade".
"Os votos do PS são suficientes para derrotar os votos da direita. Basta que a esquerda à esquerda do PS não some os seus votos aos votos da direita para que o Orçamento do Governo possa ser viabilizado na fase de generalidade", argumentou.
Depois, António Costa dramatizou quando se dirigiu ao Bloco de Esquerda, PCP e PEV e fez uma alusão à política económica e financeira que disse ser defendida pelos partidos à direita do PS.
"Se já se tinham esquecido do que é uma política de direita, ainda bem que o presidente do PSD, Rui Rio, foi tão claro a explicar aquilo que seria um Orçamento de direita se a direita governasse", acrescentou.
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