Ana Catarina Mendes deixou um repto aos partidos à esquerda.
A líder parlamentar do PS apelou, esta terça-feira, ao Bloco de Esquerda, PCP e PEV a que aceitem prosseguir as negociações do Orçamento na fase de especialidade e que não optem por privilegiar a discussão na comunicação social.
Este apelo foi transmitido por Ana Catarina Mendes na fase inicial do debate na generalidade da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2022, numa intervenção em que criticou o PSD, mas em que também deixou um repto aos partidos à esquerda do PS.
"Estamos no início do debate orçamental. Deixemo-nos de discussão nos órgãos de comunicação social e tenhamos a discussão aqui nesta casa, no parlamento, para melhorar o Orçamento. Assim haja vontade política", declarou.
Neste contexto, a presidente do Grupo Parlamentar do PS apelou a que "as bancadas à esquerda, que permitiram um caminho de crescimento do país desde 2016, possam continuar um trabalho na especialidade".
"Lá fora, os portugueses exigem isso de todos nós. Não querem instabilidade política e querem prosseguir o caminho, aproveitando-se o momento de recuperação económica. É isto que se impõe a quem é responsável", salientou.
Na parte final do seu discurso, Ana Catarina Mendes defendeu que, desde novembro de 2015, nada se alterou em termos políticos estruturais até esta terça-feira.
"O primeiro-ministro é o mesmo. Parece-me que é o mesmo António Costa. Também não me parece que a bancada do PS tenha mudado. Por isso, não se espera que o Orçamento seja diferente", argumentou.
Em relação à proposta de Orçamento, a líder parlamentar da bancada socialista dramatizou a questão da sua viabilização sobretudo em torno de um ponto: O do combate à pobreza infantil.
"São milhares de crianças que estão na pobreza ou na extrema pobreza. Por isso, a resposta que este Orçamento dá não merece um voto contra", advertiu Ana Catarina Mendes.
O primeiro-ministro fez um comentário curto à intervenção de Ana Catarina Mendes, dizendo que o objetivo do seu Governo é o de "continuar desenvolver o país, não recorrendo à austeridade, dando passos sempre firmes e nunca maiores do que a perna".
"É preciso que o caminho seja sempre em frente e que o país nunca tenha de voltar atrás", declarou António Costa.
Na sua intervenção, a líder da bancada socialista defendeu que a solução política iniciada em novembro de 2015 "devolveu dignidade e respeito" à generalidade dos portugueses, sobretudo a quem trabalha.
"Esse caminho teve e tem resultados de crescimento económico, de criação de emprego, de maior proteção social e de reforço do estado social. Chegados aqui, os portugueses não compreendem que este caminho não possa continuar a ser feito à esquerda. É convicção desta bancada que há muito caminho para fazer", declarou, repetindo uma ideia transmitida por António Costa momentos antes no discurso que proferiu na abertura do debate orçamental.
Ana Catarina Mendes dirigiu-se diretamente às bancadas do Bloco de Esquerda e do PCP, partidos que anunciaram o voto contra a proposta de Orçamento.
No que respeita ao Bloco de Esquerda, destacou que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) será reforçado "com mais 700 milhões de euros".
"Há mais quatro mil profissionais de saúde no SNS. Ao contrário daqueles que, durante a pandemia, vaticinaram o colapso o SNS, foi o investimento feito no Orçamento para 2021 que deu resposta", declarou, numa alusão a um dos argumentos do Bloco de Esquerda para ter votado contra a proposta orçamental no ano passado.
Mas a presidente do Grupo Parlamentar do PS também deixou uma farpa na bancada do PCP, aqui a propósito do processo de vacinação em Portugal.
"Quando vozes agoirentas diziam que Portugal não ia conseguir ter sucesso na vacinação, temos hoje 88% da população vacinada", contrapôs Ana Catarina Mendes, salientando, depois, a decisão do executivo de avançar com o 'lay-off' a 100% para evitar perda de rendimentos dos trabalhadores.
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