"Há muito anos que não tínhamos eleições que fossem tão importantes", disse o primeiro-ministro.
O secretário-geral do PS considerou este sábado que as próximas eleições legislativas serão das mais importantes e decisivas da história democrática portuguesa, alegando que não pode ser introduzida perturbação política no combate à pandemia e na recuperação económica.
Esta posição foi defendida por António Costa na sessão de encerramento do Congresso da Associação Nacional de Autarcas do PS, que decorreu no Parque das Nações, em Lisboa, e em que a presidente da Câmara de Portimão, Isilda Gomes, foi eleita para liderar esta estrutura dos socialistas.
"Este é um momento absolutamente decisivo para o futuro do país. Há muito anos que não tínhamos eleições que fossem tão importantes para o futuro", declarou o líder dos socialistas, num discurso com cerca de 25 minutos, durante o qual lançou um veemente apelo à mobilização dos autarcas do seu partido para o ato eleitoral de 30 de janeiro próximo.
De acordo com o primeiro-ministro, o país "está ainda a enfrentar a maior pandemia que alguma vez se sonhou".
"Todos temos orgulho no nosso nível de vacinação e sabemos o quanto é importante a vacinação, mas também sabemos que a pandemia não acabou com a vacinação e que temos de prosseguir sem perturbações o combate. Para o controlo desta pandemia, nada pior do que introduzir qualquer perturbação política nesta trajetória que estamos a ter", advertiu.
Em segundo lugar, segundo o líder dos socialistas, não pode ser "comprometido o esforço de recuperação económica que o país está a enfrentar".
"Sabemos bem que a pandemia não atacou só a saúde, mas também afetou as empresas, em particular as que foram obrigadas a encerrar para proteção de todos. A pandemia afetou os rendimentos e os empregos. Felizmente, graças ao conjunto de medidas adotadas, conseguimos evitar que a pandemia gerasse uma calamidade económica e social", advogou.
António Costa sustentou depois que o país "retomou o crescimento e a OCDE considera mesmo que Portugal será o país que no próximo ano mais vai crescer" entre os Estados-membros da organização.
"Ora, este esforço de recuperação não pode ser interrompido, não pode ser perturbado. Temos de continuar no caminho certo ara assegurar a recuperação económica e social do país", disse.
Na sua intervenção, o secretário-geral do PS retomou o tema do aproveitamento dos fundos europeus nos próximos anos, dizendo então "que Portugal não pode comprometer a oportunidade extraordinária que tem pela frente relativamente aos recursos que lhe são disponibilizados".
"Este é um desafio particularmente exigente que temos pela frente, porque possuímos um prazo muito curto para tomar decisões. Nada seria pior para o país do que parar essa dinâmica, parar para recomeçar a discutir projetos, parar para reabrir debates, quando, neste momento, temos mesmo é de arregaçar as mangas, pôr as mãos à obra e não perturbar a oportunidade de transformação estrutural do país", argumentou.
Na parte final do seu discurso, o secretário-geral do PS lançou um apelo aos autarcas socialistas em relação às próximas eleições legislativas.
"Peço-vos que nos próximos dois meses todos ajudemos a mobilizar o país, a mobilizar cada cidadão e cada cidadã. É preciso mobilizá-los para que no dia 30 de janeiro ninguém fique em casa. É preciso criar condições em cada assembleia de voto para que todos, em particular os idosos, se possam sentir seguros no exercício do seu direito de voto", especificou.
Depois, retomou uma das mensagens centrais da sua intervenção: "Estas não são apenas mais umas eleições. Estas eleições serão mesmo determinantes para o futuro do país. São as eleições em que ninguém pode falhar".
"São as eleições que podem dar ao PS, pela primeira vez, a estabilidade necessária para não interromper o ciclo e levar a bom porto o ciclo iniciado", acrescentou.
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