Amostra escolhida por empresa de sondagens recebeu compensação em dinheiro e vales de compras.
1 / 4
António Costa não se deixou intimidar pela polémica em torno dos 50 cidadãos que receberam 200 euros em dinheiro ou vales de compras para questionar o Governo. No dia em que o Executivo assinalou dois anos, o primeiro-ministro respondeu a 20 perguntas durante hora e meia e prometeu repetir a receita.
António Costa quer repetir perguntas pagas em 2018
No inicio do plenário, ontem na Universidade de Aveiro, Costa começou por explicar que o Governo presta contas todos os dias, quer na Assembleia da Republica, quer através da comunicação social, reforçando a importância de serem criados momentos em que as pessoas tenham oportunidade de questionar diretamente os governantes. "A melhor forma de o fazer é através das instituições universitárias, para garantir independência e isenção", disse.
As criticas surgiram depois de ser tornado público que, por intermédio de uma empresa de estudos de mercado, cada uma das pessoas que participou no inquérito quantitativo de avaliação ao segundo ano do Governo recebeu cerca de 200 euros para colocar perguntas sobre temas como saúde, educação, emprego ou finanças.
O formato foi estreado pelo Governo em 2016, em Lisboa. "No ano passado, com a GfK [empresa que mede as audiências televisivas, por exemplo] com a Universidade de Lisboa; este ano, com a Aximage [empresa de sondagens]", disse. A iniciativa é para repetir no próximo ano "com estas ou com outras empresas", concluiu.
Os parceiros de ‘geringonça’ criticaram o evento que Jerónimo de Sousa, do PCP, apelidou de "promoção política": "A realização de estudos de avaliação da ação do Governo e da perspetiva futura [...] não pode estar desligada daqueles objetivos [resposta aos problemas dos trabalhadores, do povo e do País], sendo criticável a sua transformação em atos de promoção pública."
Já a coordenadora do Bloco, estranhou o investimento. "Temos feito várias sessões pelo País e tem corrido muito bem. É um modelo que recomendamos", disse ontem.
PORMENORES
Mais médicos de família
O ministro da Saúde prometeu ontem que até ao final do ano haverá mais utentes com médico de família. "Pela primeira vez vamos ter menos de 500 mil portugueses sem médico de família", disse Adalberto Campos Fernandes.
Investir na fronteira
O primeiro-ministro reiterou ontem a vontade de investir no interior, nomeadamente na zona da fronteira. "As zonas onde podemos fazer mais diferença são as zonas próximas da fronteira. É onde está mais por fazer", disse António Costa.
Alargar complemento
O ministro da Segurança Social, Vieira da Silva, promete que vai alargar o acesso ao complemento solidário para idosos a quem recebe 200 a 300 euros mensais. A medida já foi negociada com o Bloco de Esquerda neste Orçamento.
Descentralização
O primeiro-ministro assegurou ontem que as negociações para concluir o processo de descentralização para as autarquias estão a chegar ao fim e as câmaras terão mais poderes nos chamados serviços de proximidade. Porém, não terão poderes sobre os professores nas escolas nem sobre médicos e enfermeiros nos centros de saúde.
Recado a Mário Centeno
As últimas palavras de António Costa, ontem, foram para Mário Centeno, que tutela as finanças: "Senhor ministro das Finanças, investir hoje na Saúde é poupar mais à frente."
Esquerda pressiona PS até ao final no Orçamento
O Bloco de Esquerda promete pressionar o Governo até à aprovação final do Orçamento do Estado, esta tarde. Na sexta--feira, o PS voltou atrás e pode agora chumbar uma proposta do BE que permitiria baixar a conta da luz em 250 milhões de euros no próximo ano. A decisão caiu mal no BE que, ainda assim, vai hoje aprovar o OE.
"O Bloco, com a atual configuração, com o Orçamento como ele está, com o que foi votado até sexta-feira e, portanto, com todas as medidas que lá estão, considera que é um orçamento que faz alguma evolução e a Mesa Nacional decidiu votar favoravelmente o Orçamento na votação final global", disse ontem Catarina Martins.
Na sexta-feira, a proposta do BE que pretendia tirar 250 milhões de renda aos produtores de energia renovável (sobretudo à EDP) foi aprovada. Só que, pouco antes da meia-noite, o PS voltou atrás e pediu a avocação da norma que hoje volta a ser votada. Ou seja, o PS pode ter-se arrependido e querer agora chumbar a proposta.
Catarina Martins espera que os socialistas não sejam o "velho PS" que "cede às pressões e aos lobbies poderosos da energia" e desafia também a direita a votar ao lado do Bloco. Questionada sobre se o partido irá dificultar a vida ao Governo se a medida for chumbada, Catarina Martins disse que "o BE cumpre todos os seus compromissos".
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.