Líder do PS convence Bloco com reposição de salários.
O secretário-geral do PS, António Costa, foi esta terça-feira a Belém dizer ao Chefe de Estado que está em condições de governar o País. O acordo com o Bloco de Esquerda está quase concluído, com a garantia da reposição integral dos salários da Função Pública em 2016 – com um impacto financeiro de 800 milhões de euros – e o recuo, em toda a linha do PS, na redução da Taxa Social Única. Faltam definir dois pontos cruciais: o prazo do acordo e o aval dos comunistas.
Com a pressão a aumentar em Belém, Costa avisou Cavaco Silva de que não se devem prolongar no tempo "situações de indefinição e incerteza através de soluções que antecipadamente" se sabe que não têm viabilidade". Dito de outra forma, Costa não viabilizará o programa de governo da coligação tendo do seu lado uma maioria parlamentar de esquerda.
O PCP mantém, contudo, reservas e, sobretudo, o silêncio. De facto, ainda não há garantias de que o acordo seja para quatro anos, uma baliza fundamental para Costa convencer a sua comissão política na reunião de amanhã à noite.
No dia em que o Presidente da República ouviu os partidos, o líder do PSD, Passos Coelho reafirmou "que existem condições em sede parlamentar para que os resultados das eleições possam ser respeitados", insistindo na vontade de governar. A coligação tem pressa, prepara um executivo com nomes fortes e quer ser empossada até domingo, numa estratégia para evitar que o líder do PS tenha espaço para derrubar um executivo com rostos de proa, acautelando ainda acordo mais sólido com o PCP e o BE.
Clique para aceder à rubrica com a opinião de Octávio Ribeiro, diretor do CM, sobre este tema: A Fórmula de CostaVeja o Especial CM - Eleições legislativas: Portugal a votos
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