A edição de hoje
O deputado e vice-presidente da bancada do PSD José Eduardo Martins não pediu esta sexta-feira desculpas ao parlamentar socialista Afonso Candal, na sequência de uma discussão acesa durante a tarde de ontem, no Parlamento. Reconhece que perdeu "as estribeiras", mas só lamenta que os 228 deputados do Hemiciclo tenham sido testemunhas "de uma cena menos agradável".
A história deste episódio em que a linguagem vernácula foi usada, sem microfone, no Plenário, começou numa discussão sobre a instalação de painéis solares.
Afonso Candal, do PS, usou da palavra na quinta-feira, dia 5, aludindo a possíveis interesses 'comerciais', ainda que legítimos, de José Eduardo Martins, nesta área. O parlamentar socialista garante que nada insinuou, mas o seu colega do PSD não o interpretou dessa forma.
'Eu, de resto, desafio o sr. deputado Afonso Candal, se quiser, a concretizar a acusação, o trocadilho infantil e soez', afirmou aos jornalistas esta manhã.
Ontem e sem microfones ligados, José Eduardo Martins, usou um palavrão na resposta a Candal. Foi acalmado pela sua bancada, mas acabou por sair da sala, tal como o deputado socialista. Não voltaram.
Agora, Candal espera, apenas, que José Eduardo Martins reconheça o erro, porque 'niguém está livre de cometer erros'. E tudo não passou de um mal-entendido. Nada mais.
Nos corredores do Parlamento, a manhã foi marcada por comentários em surdina e declarações dos protagonistas, enquanto se aguardavam as votações sobre o fim das taxas moderadoras.
José Eduardo Martins sentou-se na terceira fila da Sala das Sessões, ladeado por Luís Campos Ferreira e Hermínio Loureiro.
O presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, afirmou, citado pela TSF, que não teve a percepção do tom das trocas de palavras. Mas, a avaliar pelas imagens, deputados como o líder parlamentar do CDS-PP, Diogo Feio, ficaram boquiabertos.
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