Carlos Furtado considera que o entendimento parlamentar da IL e do Chega com o Governo Regional PSD/CDS-PP/PPM "já morreu".
O deputado independente na Assembleia Legislativa dos Açores considerou esta quarta-feira que o entendimento parlamentar da IL e do Chega com o Governo Regional PSD/CDS-PP/PPM "já morreu", pelo que "ou as pessoas mudam ou mais vale ir para eleições".
"Se tiver de ir para eleições, que vá. Não vale a pena tentar salvar o morto. Este entendimento [com o Chega e a Iniciativa Liberal] já morreu. Estas ameaças ao virar da esquina não são saudáveis. O melhor para esta terra é limpar este ambiente", defendeu Carlos Furtado, que nas eleições legislativas regionais de 2020 foi eleito pelo Chega e em julho perdeu a confiança política do líder nacional do partido.
O deputado independente reagia, em declarações à Lusa, ao facto de André Ventura ter pedido ao Chega/Açores para retirar o apoio ao Governo Regional, acabando com o acordo de incidência parlamentar, a menos de uma semana de a Assembleia Legislativa Regional começar a discutir o Orçamento para 2022.
Carlos Furtado disse à Lusa não ter decidido ainda o sentido de voto no Orçamento Regional para 2022.
"O meu voto ainda não está definido. Mas aprecio a boa vontade do Governo de José Manuel Bolieiro [líder do executivo] em governar num ambiente destes. Isto não é ambiente para ninguém. São ameaças da IL, ameaças do Chega nacional e do Chega regional. Isto não é saudável", frisou.
O deputado sublinhou que o atual Governo "ganhou eleições e montou uma equipa", lamentando que "minorias sem legitimidade" façam "as brincadeiras que andam a fazer".
"Isto é como aguentar um casamento quando o casal já não se entende", observou.
Questionado sobre se a atual composição do parlamento açoriano torna a gestão da região ingovernável, Furtado disse ser "fácil governar se as pessoas forem integras e derem uso à legitimidade eleitoral que têm".
"As pessoas colocarem-se em bicos de pés fica muito feio", criticou.
A Assembleia Legislativa dos Açores é composta por 57 deputados, sendo que, na atual legislatura, 25 são do PS, 21 do PSD, três do CDS-PP, dois do PPM, dois do BE, um da Iniciativa Liberal, um do PAN, um do Chega e um deputado independente (eleito pelo Chega).
No arquipélago, PSD, CDS-PP e PPM, que juntos representam 26 deputados, assinaram um acordo de governação.
A coligação assinou ainda um acordo de incidência parlamentar com o Chega e o PSD um acordo de incidência parlamentar com a IL. O deputado independente Carlos Furtado manteve o apoio ao Governo dos Açores.
Se o deputado único do Chega, José Pacheco, deixar de apoiar o executivo, este passa a contar com o apoio de 28 deputados, insuficiente para garantir maioria absoluta no hemiciclo (29).
Além disso, o deputado único da Iniciativa Liberal, Nuno Barata, revelou em 05 de novembro que o seu sentido de voto não está fechado, mesmo depois de o Governo Regional ter reduzido o nível de endividamento previsto no Orçamento e no Plano para 2022, tal como tinha exigido o parlamentar.
A Assembleia Legislativa Regional dos Açores começa na segunda-feira o debate sobre o Plano e Orçamento do Governo para 2022.
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