Comissária europeia para Coesão e Reformas, defendeu que "Portugal é um país muito respeitado" por ser considerado "excelente em termos de diplomacia internacional".
A comissária europeia Elisa Ferreira considerou esta terça-feira o processo que levou à demissão de António Costa "causou perplexidade" e foi difícil de explicar na Europa porque "não batia certo" com a imagem de país previsível e estável.
Elisa Ferreira, comissária europeia para Coesão e Reformas, discursou esta manhã na abertura do último dia das jornadas parlamentares do PS, que decorrem em Castelo Branco, tendo defendido que "Portugal é um país muito respeitado" por ser considerado "excelente em termos de diplomacia internacional".
"Portugal é considerado muito respeitado também por ser um ser um país previsível, um país estável. Às vezes acontecem coisas que são muito difíceis de explicar", defendeu.
Segundo Elisa Ferreira, "aquilo que aconteceu que levou à demissão do primeiro-ministro António Costa" causou "uma perplexidade que não batia certo com a imagem do país e que foi muito difícil de explicar".
"Ainda bem que agora estamos noutra fase", disse.
Para o exemplo da excelência de Portugal em termos de diplomacia internacional, de acordo com a comissária, "basta ver os nomes de Mário Soares, António Guterres e António Costa" que agora irá presidir ao Conselho Europeu.
"E ainda bem que António Costa está lá para nos ajudar a ter uma presença forte das perspetivas europeias que passam por estas realidades do sul e do oeste da Europa", antecipou.
Elisa Ferreira recordou o tempo da pandemia durante o qual Portugal "funcionou de uma forma muito madura, muito calma, muito organizada".
"Esta imagem de Portugal, é um país muito influente, mas é um país também que em termos de desenvolvimento tem neste momento oportunidades que não pode perder e tem de defender uma política de coesão que também tem uma responsabilidade própria", pediu.
Segundo a comissária europeia, "neste momento Portugal tem fundos históricos" e "é uma perda de tempo" estar a discutir se gasta ou se não gasta o dinheiro.
"Portugal é um país que executa sempre até ao limite. Portanto, de facto, acho que o país e os atores políticos estarem a gastar energias a discutir a taxa de execução, se vão gastar o dinheiro todo ou não, parece-me um bocadinho dispensável", apontou.
O que Elisa Ferreira defendeu que deve ser feito é "discutir o conteúdo das políticas".
"Exatamente como é que o território, que é o objetivo último da política de coesão, como é que as políticas territoriais estão a ser organizadas. Portugal é, de facto, um país velho da coesão, sabe utilizar os fundos, executa os fundos até ao fim. Acho que por vezes tem de gerir um exercício difícil que é responder a desafios que são cada vez mais dramáticos e mais exigentes", enfatizou.
A comissária alertou ainda para o facto de a Europa estar com "um orçamento extraordinariamente pequeno, que é 1%", recusando "continuar a discutir quem é que paga, quem é que recebe".
"Primeiro porque um orçamento é, por definição, um instrumento de redistribuição e, em segundo lugar, porque ele representa 1% e com esse 1% de quota no clube há países que ganham, digamos 90%, 80% da sua riqueza a partir da exploração e das vantagens que lhe estão abertas", disse.
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