BE, PCP e Livre marcaram presença no protesto desta terça-feira em frente ao Ministério da Saúde.
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BE, PCP e Livre acusaram esta terça-feira o Governo de seguir um caminho de privatização do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que deveria ser substituído por um maior reforço do investimento público em saúde.
Os três partidos marcaram presença no protesto desta terça-feira em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa, que assinala a greve de dois dias convocada pela Federação Nacional dos Médicos (Fnam).
A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, argumentou que o atual Governo está a adotar um caminho de "pagar ao privado mais do que pagaria se esses serviços fossem feitos" pelo SNS e que essa é uma opção que resulta da "escolha política" de se "pagar para criar um negócio privado para servir interesses privados da saúde".
"Esse dinheiro seria muito melhor investido a construir mais hospitais, melhores hospitais, melhores equipamentos e a dar aos médicos e aos profissionais de saúde aquilo de que necessitam", defendeu.
Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, juntou-se às críticas ao que diz ser uma estratégia do Governo de "desmantelar o SNS" para mobilizar recursos para grupos privados, sublinhando, por exemplo, os valores transferidos pelo Estado para o grupo económico que gere a parceria público-privada de Cascais "sob o pretexto de garantir médico de família a 75 mil utentes"
E acrescentou: "Conhecemos os números que vêm aí e, portanto, aquilo que nós sabemos esta terça-feira é que, no mínimo, o Governo se prepara para transferir 200 milhões de euros no próximo ano dos bolsos de todos nós para os grupos económicos que fazem da doença negócio".
O secretário-geral comunista defendeu que este valor serviria "para contratar todos os médicos de família necessários no SNS" e que o Governo "não responde às necessidades dos médicos" e dos utentes.
"É justa esta ação, é justa esta unidade entre médicos, técnicos, outros profissionais e os utentes. Perante as condições de trabalho que são necessárias, perante a valorização das carreiras, perante o respeito e o reconhecimento dos médicos, os médicos optando, optam pelo SNS.", afirmou sobre a concentração em frente ao Ministério da Saúde.
Rui Tavares, porta-voz do Livre, defendeu que o atual Governo "está a fazer exatamente o contrário do que é necessário" e a "dar passos para deixar o SNS esvaziado e poder privatizá-lo", criticando as Unidades de Saúde Familiar modelo C que, disse, obrigam os profissionais de saúde a "passar para um modelo privatizado".
"Um Governo que promete, sobe as expectativas, diz que vai resolver os problemas de saúde e chega ao poder e começa a esvaziar o Serviço Nacional de Saúde, é um Governo que está a fazer o contrário do que prometeu e vai deixar a saúde pior do que aquilo que encontrou", concluiu.
Médicos de todo o país estão hoje concentrados em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa, numa manifestação para exigir melhores condições de trabalho e salariais e um Serviço Nacional de Saúde mais forte para responder à população.
Cerca de uma centena e meio de médicos, segundo números da Fnam, estão concentrados na Avenida João Crisóstomo, onde sobressaem balões dourados que assinalam os 45 anos do SNS e vários cartazes empunhados pelo clínicos com mensagens como "Os médicos exigem ser tratados com respeito", "É greve porque é grave. Todos pelo SNS".
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