Governo investido pela 'casa da democracia' e moção chumbada.
Governo foi feito nas costas do povo, como diz Passos Coelho?
"Hoje o País ficou a ter Governo", declarou o primeiro-ministro, António Costa, no final de mais nove horas de debate do programa do Executivo e depois de esta quinta-feira ter sido chumbada, sem surpresas, a moção de rejeição do PSD e do CDS, com 122 votos contra, 107 a favor e a abstenção do PAN, que tinha votado a favor da queda do Executivo de Passos Coelho a 10 de novembro.
"É altura de virar a página", avisou Costa, na única declaração feita fora do plenário. O debate ficou marcado pela intervenção do ex-primeiro-ministro, Passos Coelho, num discurso lido à pressa nos últimos minutos, para enfatizar que o PS no passado aumentou impostos quando a estratégia falhou com José Sócrates e foi de "PEC em PEC até ao memorando final", ou seja, à ajuda externa.
Na moção de rejeição, PSD e CDS recuperaram os argumentos do Presidente da República: "O Primeiro-Ministro do XXI Governo Constitucional não esclareceu categórica e publicamente as dúvidas que o senhor Presidente da República colocou quanto à estabilidade e consistência do novo Executivo". E acusou o PS de "deriva radical".
Documentos
António Costa, Governo, ExecutivoAntes, o líder parlamentar do PS, Carlos César, fez um discurso virado para a moderação e, a seguir, Augusto Santos Silva, o novo número dois do Governo, insistiu na ideia: "A hora é de reunir." Porém, não esqueceu o "ressabiamento" da direita, e acusou o anterior governo de já ter falhado a meta do défice para 2015, de 2,7 por cento. Um facto que é corroborado pela análise da Unidade Técnica de Apoio Orçamental do Parlamento, que admite que a meta abaixo de 2,7% está em risco.
Do Bloco, Pedro Filipe Soares defendeu que é preciso aprofundar a "dimensão programática do acordo" com o PS, e Jerónimo de Sousa lembrou a Costa que não pode ficar tudo na mesma.
"Nas costas do povo"
"O novo Governo e o seu chefe foram escolhidos nas costas do povo." Foi assim que o ex-primeiro-ministro se referiu ao XXI Governo, que esta quinta-feira entrou em plenitude de funções com o chumbo da moção de rejeição.
O desconforto de Passos Coelho perante solução governativa foi evidente, desde logo, porque das quatro vezes que se referiu a António Costa chamou-lhe "Chefe do Governo" ou "líder socialista", evitando chamar-lhe primeiro-ministro. Ou seja, não lhe reconhece legitimidade política, porque "este Governo não foi escolhido pelo povo" e "usurpou a escolha do povo".
No seu discurso de encerramento do debate parlamentar, o líder do PSD voltou a avisar o PS: "No dia em que o nosso apoio possa ser decisivo para alcançar algum resultado essencial que a maioria que suporta o Governo não for capaz de garantir, apenas esperamos que tenham a dignidade de disso retirarem a consequência natural e devolverem a palavra ao povo". No entanto, Passos Coelho fez a ressalva de que avaliará em cada momento o que considera mais importante para Portugal.
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