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Costa chama cega e cigano para o Governo

Costa chama Sofia para tratar das questões da inclusão.

26 de novembro de 2015 às 01:10

O Presidente da República dá esta quinta-feira posse a um dos mais plurais e integradores Executivos de sempre: um verdadeiro mosaico social. Além de uma ministra negra, Francisca Van Dunem, na Justiça, António Costa leva para o Governo um secretário de Estado cigano, uma secretária de Estado cega, dois secretários de Estado primos de conhecidas figuras nacionais e ainda o filho de um ex-ministro e ex-presidente do Tribunal de Contas.

Atento às questões da igualdade, António Costa escolheu Ana Sofia Antunes, 34 anos, invisual e presidente da Associação dos Cegos e Amblíopes (ACAPO), com quem trabalhou na Câmara de Lisboa, para a Secretaria de Estado para a Inclusão de Pessoas com Deficiência.

Ana Sofia Antunes, Ricardo Mourinho Félix e Carlos Miguel são as novidades na equipa de secretários de Estado

Para as Autarquias Locais foi escolhido Carlos Miguel, de 58 anos, advogado que sempre se orgulhou da origem cigana e com provas dadas na Câmara de Torres Vedras. Para a equipa de Mário Centeno, Costa convidou Mourinho para a Secretaria de Estado do Tesouro e das Finanças. Não o treinador do Chelsea, José Mourinho, mas o seu primo, Ricardo Mourinho Félix, 41 anos, economista, que deixa o Banco de Portugal.

Na Secretaria de Estado da Energia vai mandar Jorge Seguro Sanches, 55 anos, jurista e primo do ex-líder do PS António José Seguro. Já Guilherme W. d’Oliveira Martins, de 39 anos, além de professor universitário e jurista, é filho de Guilherme d’Oliveira Martins, ex-presidente do Tribunal de Contas e antigo ministro da Educação e das Finanças de António Guterres. Vai controlar o setor das Infraestruturas.

No elenco governativo, constam ainda vários nomes que são fiéis de Costa na Câmara de Lisboa: Graça Fonseca, João Vasconcelos (Startup Lisboa) e João Wengorovius Meneses. Dos 41 secretários de Estado, 16 são mulheres.

Hora da posse cria mal-estar na Assembleia

Alguns parlamentares e o próprio presidente do Parlamento, Ferro Rodrigues, ficaram incomodados com a hora da posse do novo governo escolhida pelo Presidente da República, que coincide com o plenário, e sem aviso prévio à Casa da Democracia.

Clique para ler o especial Legislativas 2015: Portugal a votos

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