page view

‘Face Oculta’: Dez testemunhas para ouvir

O tribunal de Aveiro tem ainda para ouvir cerca de uma dezena de testemunhas de acusação do caso ‘Face Oculta’, ao fim de uma centena de sessões e cerca de um ano após o início do julgamento.

04 de outubro de 2012 às 19:46

A inquirição das últimas testemunhas arroladas pelo Ministério Público (MP) deverá ficar concluída na próxima semana, de acordo com o agendamento feito pelo colectivo liderado pelo juiz Raul Cordeiro.

Até agora, já foram ouvidos seis arguidos e mais de 150 testemunhas, entre os quais inspectores da Polícia Judiciária, ex-governantes e administradores, ex-administradores e funcionários de empresas como a Refer, REN - Redes Energéticas Nacionais, Estradas de Portugal, EDP Imobiliária e Petrogal.

Para 16 de Outubro está previsto o início da inquirição das testemunhas de defesa, estando já marcadas dez sessões do julgamento, que vão decorrer até 31 de Outubro.

Durante este período, o colectivo de juízes irá ouvir 71 testemunhas arroladas pela defesa dos nove arguidos, suspeitos de integrarem a organização delituosa criada e idealizada por Manuel Godinho, o principal arguido no processo.

As primeiras a serem ouvidas serão as testemunhas arroladas pela defesa do sucateiro de Ovar, que vai chamar a depor cerca de duas dezenas de testemunhas, incluindo o histórico dirigente do CDS Narana Coissoró e o líder parlamentar dos centristas Nuno Magalhães.

A audição de Narana Coissoró está marcada para o dia 17 de Outubro, enquanto Nuno Magalhães deverá depor por escrito, gozando da prerrogativa que o cargo de deputado à Assembleia da República lhe confere.

De seguida serão ouvidas as testemunhas arroladas pelos arguidos João e Hugo Godinho - Maribel Rodrigues, Namércio Cunha, Manuel Nogueira da Costa e Paulo Costa (pai e filho), Mário Pinho e José Valentim.

A centésima sessão do julgamento, que decorreu hoje, ficou marcada pelo depoimento de mais três funcionários da Petrogal, sobre os acontecimentos que ocorreram no Parque de Sucata na refinaria de Sines, após um incêndio em 2009, que destruiu os principais quadros de distribuição de energia eléctrica.

Segundo a acusação, Manuel Godinho retirou daquele local vários quadros eléctricos e cabos em cobre no valor global de cerca de 700 mil euros, montante que corresponde ao pedido de indemnização cível deduzido pela refinadora.

O processo ‘Face Oculta’ está relacionado com uma alegada rede de corrupção que teria como objectivo o favorecimento do grupo empresarial do sucateiro Manuel Godinho nos negócios com empresas do sector empresarial do Estado e privadas.

Entre os arguidos estão personalidades como Armando Vara, ex-administrador do BCP, e José Penedos, ex-presidente da REN, e o seu filho Paulo Penedos.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8