Socialista, que liderou a Câmara desde 2015, disse que se despede da presidência também com "tristeza pessoal".
O presidente cessante da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, afirmou esta segunda-feira que deixa a liderança do município com "tristeza pessoal", mas com "sentimento de missão cumprida", e indicou que continuará "a acompanhar" a vida da cidade.
No final da cerimónia de tomada de posse do novo executivo municipal, liderado pelo social-democrata Carlos Moedas, Fernando Medina disse que se despede da presidência da câmara com "um sentimento de tristeza pessoal" e "de missão cumprida".
"Com sentimento de que deixo a cidade melhor do que aquela que tinha, no sentido de que a cidade avançou mais nas áreas em que eu entendia que eram fundamentais, e também no sentido de que deixamos para o novo executivo todas as condições do ponto de vista financeiro, do ponto de vista organizativo, do ponto de vista da planificação das coisas", salientou.
Fernando Medina indicou que a transição de pastas para o novo executivo decorreu "da forma como deve decorrer em democracia", desejando "boa sorte aos novos eleitos, que tudo lhes corra bem, a bem da cidade e dos lisboetas".
O socialista, que liderou a Câmara Municipal de Lisboa desde 2015, sucedendo ao agora primeiro-ministro, António Costa, justificou também que decidiu não assumir o cargo de vereador na oposição por entender que a sua presença "seria sempre um elemento de tentação à continuação do que foi o debate eleitoral".
"Os lisboetas escolheram, está escolhido, fizemos a transição de pasta", indicou.
O agora ex-presidente indicou que voltará a exercer a sua profissão de formação, mas continuará atento e "sempre a zelar, olhar e a falar quando tiver que falar".
"Regressarei à minha casa, à minha profissão de economista e é isso que farei, não deixando obviamente de acompanhar o que se passará na vida da cidade, com a qual eu tenho ligação muito profunda e que manterei, e ao povo de Lisboa, que me honrou durante estes anos ao grande privilégio de ser presidente de câmara", salientou.
Quanto à política partidária, Medina afirmou que encerrou "um capítulo hoje, que foi um capítulo muito exigente", apontando que "todos os fins de capítulo são inícios de capítulos seguintes" e que "agora este vai ser marcado por umas semanas dedicadas à família".
Questionado sobre o futuro, respondeu: "Depois falaremos".
Também em declarações aos jornalistas no final da cerimónia que decorreu na Praça do Município, o agora líder da oposição socialista, João Paulo Saraiva, (que foi no último mandato vice-presidente da autarquia) prometeu uma "oposição construtiva", mas demonstrou alguma preocupação com o discurso de posse de Carlos Moedas.
O presidente da autarquia da capital, prosseguiu, fez vários anúncios, nomeadamente ao nível da mobilidade e de redução de impostos, mas João Paulo Saraiva -- antigo elemento do executivo de Fernando Medina -- ficou "preocupado" com o que resta "para o grande plano, para grande iniciativa de renda acessível" para a cidade.
"Só com alguma magia" é que o autarca social-democrata conseguirá cumprir tudo, sustentou.
Nas autárquicas de 26 de setembro, Carlos Moedas foi eleito presidente da Câmara Municipal de Lisboa pela coligação "Novos Tempos" (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança), que conseguiu 34,25% dos votos, retirando a autarquia ao PS, que liderou o executivo autárquico da capital nos últimos 14 anos.
Fernando Medina tinha-se recandidatado pela coligação "Mais Lisboa" (PS/Livre).
Segundo os resultados oficiais ainda provisórios, a coligação "Novos Tempos" conseguiu sete vereadores, com 34,25% dos votos (83.121 votos); a coligação "Mais Lisboa" obteve também sete vereadores, com 33,3% (80.822 votos); a CDU (PCP/PEV) dois, com 10,52% (25.528 votos); e o BE conseguiu um mandato, com 6,21% (15.063).
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