O mês de Agosto foi de ‘reconciliação’ dos portugueses com o Governo e com o primeiro-ministro Durão Barroso, apesar de toda a polémica que envolveu os incêndios de Verão. Na sondagem Correio da Manhã, os ‘laranjas’ saem favorecidos em comparação com a última sondagem de opinião, de 17 de Julho. Aliás, Agosto é o mês da ‘revolução’: desde Janeiro que o PSD não batia o PS nas intenções de voto, que os portugueses não tinham uma visão tão optimista da actuação do Governo e que Durão não conseguia uma nota positiva - e Ferro Rodrigues uma nota tão negativa.
Em relação às expectativas da actuação do Governo, a percentagem de portugueses que a consideram melhor do que seria de esperar aumentou no último mês e meio - dos 12,2 por cento para 14,9-, baixando em consequência a percentagem de quem considera a actuação pior do que se esperava - de 51,9 para 47,8. Desde Janeiro que a expectativa de actuação do Governo não era tão positiva.
O eleitorado do CDS-PP mostra cartão vermelho ao Governo- 43,9 por cento consideram que tem actuado pior que o esperado. Os comunistas são os mais negativos e mesmo do eleitorado do PSD apenas 23,6 por cento considera que o Governo de coligação tem actuado melhor que o esperado.
NOTA POSITIVA PARA BARROSO
Mesmo ao nível dos líderes partidários, Durão Barroso conseguiu atingir nota positiva. De zero a vinte, Barroso atinge nota 10 (mais 0,3 que em Julho), distanciando-se de Ferro Rodrigues (de 9,3 passou para 8,7). Aliás, este é o pior resultado de Ferro desde Janeiro - o mínimo fôra atingido em Junho, com 9,1, na altura em que ‘rebentou’ o caso das alegadas escutas aos dirigentes socialistas. Carlos Carvalhas alcança o terceiro lugar e Paulo Portas ‘afunda-se’, atingindo a pior nota de todas as que já foram atribuídas desde 15 de Janeiro - 6,7. Provavelmente, reflexos da sua actuação no caso da substituição do Chefe de Estado Maior do Exército.
Curiosamente, os eleitores do CDS-PP colocam Portas no terceiro lugar nas notas atribuídas aos líderes partidários - atrás de Durão Barroso e ... Francisco Louçã. Aliás, o líder do Bloco de Esquerda, que continua a ser o político com melhor nota, subindo mesmo de 10 para 11,2 pontos, recolhe as melhores notas entre os votantes de todos os partidos, excepto do PSD, onde é ultrapassado por Durão Barroso. Até quem votou no PCP coloca Louçã à frente de Carvalhas.
PSD ULTRAPASSA PS NA INTENÇÃO DE VOTO
Na sondagem do Correio da Manhã, o PSD saltou para a frente da preferência dos portugueses em relação à intenção de voto. O PSD passou de segundo partido para a liderança -36,1 para 38,4 pontos percentuais-, trocando com os socialistas - que desceram dos 40,7 pp em Julho para os 34,6.
Desde Janeiro, esta é a primeira vez que o partido maioritário do Governo assume a liderança nas intenções de voto e é a segunda vez que os socialistas baixam a fasquia dos 40 pontos percentuais - a primeira tinha sido em Maio. Dos eleitores socialistas, 66,3 por cento votariam de novo no PS, enquanto que 54,9 por cento dos votantes do PSD repetiriam o seu voto se as eleições fossem hoje.
A CDU passou a ser a terceira força política nas intenções de voto, o BE logo a seguir e a grande queda é a do CDS-PP, que desceu de terceiro partido nas intenções de voto para o último lugar. A esta hecatombe não será alheio o facto de 35,1 por cento dos portugueses que votaram no PP em 2002 demonstrarem uma intenção de voto actual no PSD. Apenas 22,3 voltariam a votar no partido de Paulo Portas. Já a CDU reassume a terceira posição, depois de a ter perdido em Julho. Mas a vantagem dos comunistas sobre o Bloco de Esquerda diminuiu para 0,1 pp. O partido de Francisco Louçã consegue atingir o máximo do ano, com 4,7 pontos percentuais na intenção de voto dos portugueses.Os eleitores comunistas votariam apenas na CDU -50,9-, BE -7,9- ou PS -3,4. Mas, caso as eleições legislativas se realizassem agora, 27,9 dos comunistas optariam por abster-se de votar, sendo apenas ultrapassados nesse campo pelo eleitorado do CDS-PP - 28,6 por cento.
Objecto: Intenção de voto legislativo, avaliação dos líderes partidários e expectativas no Governo. Universo: eleitores residentes em Portugal em lares com telefone fixo. Amostra: aleatória estratificada por voto legislativo, região, habitat, sexo, idade, instrução e actividade, com 600 entrevistas telefónicas (342 mulheres). Desvio padrão máximo de 0,020. Taxa de Resposta de 89,4 por cento. Realização: 2 a 4 de Setembro de 2003, para o CM pela Aximage, com a direcção técnica de Jorge de Sá e Luís Reto.
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