Duarte Pacheco deixa o Parlamento sem ter sido colocado nas listas do PSD e sem ter uma explicação. Ainda assim, garante que apoia Luís Montenegro sem qualquer rancor.
Duarte Pacheco deixa o Parlamento sem ter sido colocado nas listas do PSD e sem ter uma explicação. Ainda assim, garante que apoia Luís Montenegro sem qualquer rancor.
Duarte Pacheco foi deputado pela primeira vez aos 25 anos. Fica agora de fora das listas da AD aos 58. Ao Correio da Manhã abriu a porta do gabinete que ocupa há vários anos na Assembleia da República e admite que ficou "triste" quando Miguel Pinto Luz lhe ligou na noite do Conselho Nacional a informá-lo que o partido não contava com ele.
Sem rancor admite que "as explicações ainda não foram dadas", mas na campanha vai estar ao lado do líder que diz ser a opção certa para Portugal.
Nesta entrevista ao CM, recorda o ídolo político Cavaco Silva como Presidente e primeiro-ministro. Mas não esquece a sua forma de liderar. "Com o Dr. Jorge Sampaio havia um cálice de porto e bolo rei para podermos fazer um brinde, com o professor Cavaco Silva nem com um copo de água. O professor Marcelo convida-nos para almoçar. São coisas muito distintas", revela.
"Aqueles anos de governação [de Cavaco Silva] foram excecionais"
Ainda deputado fala-nos da época em que teve "medo" na rua: quando a troika esteve em Portugal. Para Duarte Pacheco ser político hoje "não é um currículo, é cadastro".
Leva-nos aos Passos Perdidos: local emblemático que os portugueses estão habituados a ver na televisão.
O Parlamento que deixa tem uma linguagem "mais agressiva porque tudo é visto na lógica 'se eu ganhei o debate, se perdi o debate' e, portanto, é da lógica dos soundbites", descreve.
Responde a todas as questões. Diz que já tem um novo convite, telefonaram "no dia a seguir" mas garante que "não é um tacho. É trabalho. As empresas não são a Santa Casa da Misericórdia".
Duarte Pacheco diz que o tempo mais duro no Parlamento foi “durante a governação da Troika”
No dia em que José Sócrates anunciou cortes salariais ficou furioso. "Ninguém gosta de levar 15% de cortes de salários", recorda.
É a favor de um debate sobre os ordenados dos políticos porque "não podemos querer que só venham as pessoas que ganham mal lá fora".
E revela ainda o maior momento de cortar à faca: "Quando há uma mudança de líder. E que tenha uma bancada que não é aquela que ele escolheu, por vezes, temos momentos muito duros".
"Ninguém gosta de levar 15% de cortes de salários"
António Costa foi "mau primeiro-ministro", Luís Montenegro será melhor. É amigo de Pedro Nuno Santos. Hoje diz que é mais difícil fazer pontes e até mesmo amizades entre diferentes bancadas.
"Há 30 anos era mais fácil estabelecer pontes e criar amizades profundas entre pessoas de diferentes forças políticas", confessa. Mesmo nas pequenas coisas. No restaurante se "está um colega sozinho do PS e chega um colega do PSD, senta-se sozinho na mesa ao lado".
E mesmo o dia-a-dia dos deputados mudou. "Há mais cuidado" e até coisas que já não se fazem. Recorda os encontros entre deputados e clubes de futebol que acabaram. Fala abertamente do gosto do culturismo.
Hesitou quando foi capa de revista mas Pedro Nuno Santos disse-lhe: "se ouvires bocas é porque estão com inveja tua". Até Ferro Rodrigues incentivou. O "Presidente da Assembleia disse-me: 'Não, eu gosto de pessoas com coragem, vai em frente'", remata.
"Há 30 anos era mais fácil estabelecer pontes e criar amizades profundas entre pessoas de diferentes forças políticas"
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