É um "passo natural" para a segurança europeia, referiu o ministro português dos Negócios Estrangeiros.
O ministro português dos Negócios Estrangeiros disse este sábado esperar que, até final do ano, Finlândia e Suécia sejam "membros de pleno direito" da NATO, não prevendo "dificuldades de maior" àquele que é um "passo natural" para a segurança europeia.
"Gostaria de pensar que, até final do ano, isto seja possível, que [a Finlândia e a Suécia] sejam membros de pleno direito [da NATO], mas vai depender dos outros 29 membros além de Portugal", declarou João Gomes Cravinho.
Falando à chegada da reunião informal dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Berlim, o chefe da diplomacia portuguesa disse ver o alargamento da Aliança Atlântica à Finlândia e à Suécia como um "passo natural" na "nova ordem de segurança na Europa".
Já confrontado com posições mais céticas como a da Turquia, João Gomes Cravinho admitiu que, em "30 países soberanos" na NATO, "nunca se pode esperar homogeneidade", embora não prevendo "dificuldades de maior" e que as dúvidas turcas "possam ser resolvidas no diálogo entre Finlândia, Suécia e Turquia e no diálogo coletivo".
"Aquilo me parece provável, nos próximos dias e semanas, é um diálogo sobre problemas que possam existir e a resolução no sentido daquilo que é o interesse coletivo e interesse coletivo passa pela adesão da Finlândia e da Suécia à NATO", referiu o governante.
Lembrando que "a ameaça russa é a razão de fundo" para esta adesão dos dois países nórdicos, João Gomes Cravinho adiantou estar "seguro de que não haverá condições para qualquer tipo de ameaça à integridade territorial da Finlândia e da Suécia até ficarem cobertas pela garantia oferecida pelo artigo 5.º da NATO", relativo a assistência perante ataques armados.
O ministro português dos Negócios Estrangeiros, que na sexta-feira esteve em Helsínquia para se reunir com o seu homólogo finlandês para debater a adesão finlandesa à NATO, participa hoje e domingo na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Aliança Atlântica, para coordenar a resposta à guerra na Ucrânia e discutir o eventual alargamento à Finlândia e à Suécia.
Para permitir a adesão da Finlândia e da Suécia à NATO, é necessário aval pelos 30 membros da Aliança Atlântica.
Na véspera da reunião na capital alemã, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, manifestou-se desfavorável à entrada da Finlândia e da Suécia na NATO, por acolherem militantes curdos que a Turquia considera como terroristas.
Foi a primeira voz dissonante no seio dos 30 aliados a propósito desta matéria.
A entrada de um novo Estado-membro na NATO requer unanimidade, o que significa que a Turquia poderá bloquear a adesão dos dois países escandinavos, cuja candidatura deverá ser formalizada nos próximos dias.
Porém, já hoje, o porta-voz de Recep Tayyip Erdogan veio garantir que a Turquia "não fecha a porta" à entrada destes dois países nórdicos na Aliança Atlântica.
Na sequência da guerra na Ucrânia, a Finlândia e a Suécia iniciaram um debate sobre a adesão à NATO, que, a concretizar-se, significará o abandono da histórica posição de não-alinhamento dos dois países.
A Rússia, que partilha 1 340 quilómetros de fronteira terrestre com a Finlândia e uma fronteira marítima com a Suécia, avisou que será forçada a tomar medidas de retaliação se Helsínquia aderir à NATO.
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