Gouveia e Melo frisou considerou que "a culpa não é das pessoas nem do Estado".
O candidato presidencial Henrique Gouveia e Melo disse esta terça-feira à Lusa que não existem "portugueses de segunda" e criticou os partidos que deixaram um vazio ocupado por "uma direita mais radical" na comunidade portuguesa no Brasil.
"Há uma falência de alguns partidos que não acautelaram, que não fizeram o seu trabalho que podem fazer em termos das alternativas democráticas", afirmou à Lusa o candidato presidencial, que termina esta terça-feira uma visita ao Brasil, no qual manteve contacto com a comunidade luso-brasileira no Rio de Janeiro e em São Paulo.
O partido Chega venceu eleições legislativas no Brasil com 51,9%, repetindo a vitória alcançada no ano anterior.
"Onde há vazio, o vazio é ocupado. E esse vazio é com a política tradicional e com os partidos a não perceberem os novos nomes, quer na comunicação, quer nas preocupações que afetam os eleitores, e acabou por facilitar o caminho para um partido de uma direita mais radical", sustentou.
Gouveia e Melo frisou considerou que "a culpa não é das pessoas nem do Estado".
"A culpa é das propostas que acabam por não aliciar ou serem conhecidas do grande público, até no Brasil, e esse vazio é ocupado por quem, de forma pragmática mas oportunista, o ocupa", considerou, defendendo que deve ser seguida por parte dos representantes portugueses uma "politica de proximidade".
"Aqui não há português de primeira e de segunda", frisou Gouveia e Melo, que viveu em São Paulo durante cerca de quatro anos, quando era adolescente, e que até hoje mantém familiares na cidade.
"Ou nós consideramos que os portugueses são só aqueles que têm nacionalidade e vivem no território nacional, ou então consideramos que os portugueses são uma comunidade mais alargada que vive não só no território nacional, mas que vivem noutros territórios", disse.
Esses portugueses, prosseguiu, "não são portugueses de segunda, são portugueses como todos os outros e têm os seus direitos, têm os seus direitos cívicos".
Para o candidato presidencial, deixar esta comunidade abandonada em termos de opções políticas e de representação das suas revindicações e preocupações "é abandonar esses portugueses com capacidade eleitoral a um oportunismo político que aparecerá sempre quer seja do centro, da direita ou da esquerda".
"Neste caso, veio da direita", disse, considerando contundo que estes "portugueses não são radicais"
Ainda assim, na sua opinião, é "um erro considerar que todos os portugueses estrangeiros são da direita ou da extrema-direita".
Henrique Gouveia e Melo iniciou a sua agenda no Brasil no sábado, no Rio de Janeiro, com uma visita ao Mercado Municipal do Rio de Janeiro, seguida de uma visita ao Clube de Regatas Vasco da Gama, no Estádio de São Januário. À noite, participou no jantar comemorativo dos 114 anos da Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro.
Ainda no Rio de Janeiro, no domingo, visitou o Real Gabinete Português de Leitura e, mais tarde, participou num encontro com a comunidade portuguesa, no Auditório do Porto Maravalley.
A agenda prosseguiu em São Paulo, na segunda-feira, com uma visita à Escola Estadual Caetano Campos e, à noite, com um encontro com a comunidade portuguesa, na Casa de Portugal.
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