Texto conjunto assinado pelos Diretores dos vários títulos da imprensa escrita nacional apela para a importância do acesso a uma imprensa livre.
O fim da distribuição de jornais nos distritos do interior do país vai "agravar os problemas de coesão territorial" em Portugal, considera Gouveia e Melo, que defende a intervenção do Estado para resolver "problemas que o mercado não resolve".
"Isso seria agravar os problemas de coesão territorial que temos e do acesso à informação que a população, necessariamente, deve ter enquanto direito. A democracia é reforçada, essencialmente, pela liberdade das pessoas terem acesso à informação para poderem perceber o mundo exterior e o seu próprio mundo", disse esta sexta-feira o candidato presidencial à agência Lusa, na Guarda, um dos distritos que poderá ser afetado pela decisão da distribuidora Vasp.
A administração da empresa está a avaliar a necessidade de fazer ajustamentos na distribuição diária de jornais nos distritos de Beja, Évora, Portalegre, Castelo Branco, Guarda, Viseu, Vila Real e Bragança.
Entre os argumentos invocados está "uma situação financeira particularmente exigente, resultante da continuada quebra das vendas de imprensa e do aumento significativo dos custos operacionais, que colocam sob forte pressão a sustentabilidade da atual cobertura de distribuição de imprensa diária".
Para Gouveia e Melo, "não ter acesso a essa informação é uma forma de limitar a própria democracia e o direito da cidadania de cada indivíduo".
"Nós devemos ter os mesmos direitos, independentemente de vivermos no interior, no litoral ou numa grande cidade e, portanto, vejo isso de forma muito negativa", realçou.
Na visita às instalações da Rádio Altitude, que emite há 77 anos e é a emissora local mais antiga do país, e do semanário O Interior, o candidato a Belém defendeu que o Estado tem que intervir para evitar que a distribuição de jornais e revistas seja suspensa em oito distritos do interior do país.
"Há problemas que só o mercado não resolve. Eu, nisso, não sou um liberal, no sentido de achar que tudo se resolve através do mercado. O Estado é precisamente para resolver essas imparidades, esses problemas que o mercado não resolve, portanto, o Estado vai ter que intervir e ao fazê-lo está a reforçar a democracia e é isso que é importante".
Gouveia e Melo manifestou ainda solidariedade com os jornalistas e editores portugueses, afirmando que, "hoje, escreveram um artigo importantíssimo sobre o acesso à informação".
"Todo o cidadão deve ter a possibilidade de obter a informação, vivendo onde vive no território nacional", concluiu.
Num artigo divulgado esta sexta-feira na imprensa, os diretores de todos os jornais de informação generalista diária, de todos os semanários, da única publicação impressa diária na área da economia, das 'newsmagazines' e revistas de informação geral e temática, e de todos os diários lançam o alerta à sociedade civil e a todos os responsáveis políticos, quer ao nível do Estado central, quer nas autarquias locais.
De acordo com os signatários, a crescente degradação da indústria de impressão e a progressiva asfixia das cadeias de distribuição são dois fatores que colocam Portugal em sério risco de, muito em breve, ficar sem acesso à imprensa escrita em vastas áreas do seu território.
"Para muitas das nossas publicações, a principal forma de assegurar a regularidade do contacto com o público passa, já esta sexta-feira, por imprimir em empresas espanholas. Isto com todas as dificuldades e constrangimentos inerentes, além do prejuízo para a economia nacional", é referido no texto.
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