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Costa aproveita demissão na Defesa e remodela Governo

João Gomes Cravinho substitui Azeredo Lopes. Saúde, Economia e Cultura também com novos ministros.

14 de outubro de 2018 às 11:01

O primeiro-ministro fez este domingo a maior remodelação no Governo, envolvendo quatro ministérios, com a substituição, na Defesa, de Azeredo Lopes por João Gomes Cravinho, e na Economia, de Manuel Caldeira Cabral por Pedro Siza Vieira.

O primeiro-ministro propôs ainda as mudanças do ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, substituído por Marta Temido, e do ministro da Cultura, pasta em que Graça Fonseca sucede a Luís Filipe Castro Mendes - nomeações já aceites pelo Presidente da República.

Os novos ministros tomam posse amanhã, segunda-feira, 15 de outubro, pelas 12h00, no Palácio de Belém.

João Gomes Cravinho é o novo ministro da Defesa

O primeiro-ministro propôs este domingo a nomeação do antigo secretário de Estado da Cooperação João Gomes Cravinho para novo ministro da Defesa Nacional, em substituição de José Azeredo Lopes, o que foi aceite pelo Presidente da República.

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Escândalo de Tancos derruba ministro da Defesa do Governo

João Titterington Gomes Cravinho nasceu em 1964. É casado e tem dois filhos. Não é o primeiro da família a integrar um governo socialista. O seu pai, João Cravinho, foi ministro do Equipamento Social no tempo de António Guterres. Foi Secretário de Estado da defesa e também dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação (entre Entre março de 2005 e junho de 2011, governos Sócrates), é licenciado em Economia pela London School of Economics (Reino Unido) onde também fez um mestrado.

Fez um doutoramento na Universidade de Oxford e é investigador visitante na Universidade de Georgetown (Estados Unidos de América). Na sua vida profissional é professor auxiliar da Faculdade de Economia de Coimbra, integrando o corpo docente da licenciatura de Relações Internacionais, além de ter sido o coordenador do Programa de Doutoramento em Política Internacional e Resolução de Conflitos. Especialista em cooperação, trabalhou na Presidência portuguesa da União Europeia de 2000 e foi consultor de diversas entidades nacionais e internacionais como o Banco Mundial.

É atualmente embaixador da União Europeia no Brasil, desde agosto de 2015, tendo desempenhado o mesmo cargo na Índia entre 2011 e 2015.

Marta Temido nova ministra da Saúde em substituição de Adalberto Campos Fernandes

O primeiro-ministro propôs a nomeação de Marta Temido para nova ministra da Saúde, em substituição de Adalberto Campos Fernandes, o que foi aceite pelo Presidente da República.

Marta Alexandra Fartura Braga Temido de Almeida Simões nasceu em Coimbra em 1974, é doutorada em Saúde Internacional pelo Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Universidade Nova de Lisboa, detendo um mestrado em Gestão e Economia da Saúde, pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, e Licenciatura em Direito, pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.

Especializada em Administração Hospitalar pela Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, Marta Temido exercia os cargos de subdiretora do Instituto de Higiene e Medicina Tropical e de presidente não executiva do conselho de administração do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa .

Entre 2016 e 2017, foi presidente do conselho diretivo da Administração Central do Sistema de Saúde.

Pedro Siza Vieira passa a ministro Adjunto e da Economia

O primeiro-ministro propôs hoje ao Presidente da República que o atual ministro Adjunto, Pedro Siza Vieira, fique também responsável pela pasta da Economia, em substituição de Manuel Caldeira Cabral.

Ministro Adjunto no XXI Governo Constitucional desde Outubro de 2017, Pedro Gramaxo de Carvalho Siza Vieira é licenciado pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (1987).

Na sua atividade académica, foi monitor na Faculdade de Direito de Lisboa e assistente na Universidade Autónoma de Lisboa e ainda, professor convidado da Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa e da Universidade Nova de Lisboa.

Como advogado, foi sócio da Morais Leitão, J. Galvão Teles e Associados, Sociedade de Advogados e, de 2002 a outubro de 2017, sócio da Linklaters LLP, sendo Managing Partner do escritório de Lisboa desta sociedade, entre 2006 e 2016.

Entre outras funções, Pedro Siza Vieira foi membro da Direção da Associação das Sociedades de Advogados de Portugal e presidente da Associação Portuguesa de Arbitragem. No plano profissional, destacou-se ainda no desempenho de funções no Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais e vogal da Comissão Executiva da Estrutura de Missão para a Capitalização de Empresas.

Graça Fonseca ministra da Cultura em substituição de Castro Mendes

A atual secretária de Estado Adjunta e da Modernização Administrativa, Graça Fonseca, vai desempenhar as funções de ministra da Cultura, em substituição de Luís Filipe Castro Mendes. No executivo de António Costa, esta é a segunda mudança na pasta da Cultura.

Na posse do XXI Governo Constitucional em novembro de 2015, António Costa escolheu o dirigente socialista João Soares, que se demitiu do cargo em abril de 2016, sendo substituído por Luís Filipe Castro Mendes.

Luís Filipe Castro Mendes deixa agora este lugar, sendo substituído pela secretária de Estado e dirigente socialista Graça Fonseca, que é doutorada em Sociologia pelo ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, com mestrado em Sociologia pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Graça Fonseca foi Investigadora do Centro de Estudos Sociais da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, entre 1996 e 2000, vereadora na Câmara Municipal de Lisboa com os pelouros da Economia, Inovação, Educação e Reforma Administrativa, entre 2009 e 2015.

Exerceu funções como chefe de gabinete do Ministro de Estado e da Administração Interna, António Costa, entre 2005 e 2007, no primeiro Governo liderado por José Sócrates.

Ministras passam de três para cinco e energia transita para o Ambiente

O XXI Governo Constitucional aumenta o número de ministras de três para cinco, na sequência das mudanças anunciadas pelo primeiro-ministro, António Costa, e a Secretaria de Estado da Energia transita para o Ministério do Ambiente.

Graça Fonseca na Cultura e Marta Temido na Saúde juntam-se no executivo liderado por António Costa às ministras da Presidência, Maria Manuel Leitão Marques, da Justiça, Francisca Van Dunem, e do Mar, Ana Paula Vitorino.

Sem contar com o primeiro-ministro, o Governo passa a ter um elenco de 16 ministros, dos quais cinco são mulheres (cuja percentagem aumenta de 18% para 31%).

Em termos de orgânica, o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, passa a ser ministro do Ambiente e da Transição Energética, com a inclusão da Secretaria de Estado da Energia na sua esfera de competências.

A Secretaria de Estado da Energia, desde a formação do atual Governo, esteve na área da Economia.

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