Para o secretário de Estado, o acordo aduaneiro pode "abrir um cenário de aumento de competitividade" para as empresas, em particular para a indústria do calçado.
O Governo português afirmou este domingo ver com otimismo a competitividade da indústria portuguesa, sublinhando que o acordo celebrado entre a União Europeia (UE) e os EUA tem vantagens para Portugal.
"Entro [nesta feira] com otimismo que estou a ver nestas empresas. Os momentos de dificuldade, até do ponto de vista económico, da incerteza geopolítica, até da própria alteração de consumo [...] podem trazer uma vantagem competitiva para Portugal", afirmou o secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira, em conferência de imprensa, na MICAM, que decorre em Milão, Itália, até domingo.
Para o secretário de Estado, o acordo aduaneiro, recentemente celebrado, entre os EUA e a União Europeia (UE) pode "abrir um cenário de aumento de competitividade" para as empresas, em particular para a indústria do calçado.
O Governo vincou assim que esta não é altura de desinvestir no mercado norte-americano, antes pelo contrário, tendo em conta que Portugal terá uma tarifa inferior à de outros mercados.
Em 27 de julho, a União Europeia e os Estados Unidos chegaram a um acordo comercial que prevê a imposição de tarifas aduaneiras de 15% sobre os produtos europeus.
Para o governante, a presença do executivo em feiras internacionais é também um sinal de preocupação e auscultação das empresas, sublinhando que o encerramento de fábricas deste setor é sempre uma notícia preocupante, apesar de referir que são "casos pontuais", num universo de 1.500 empresas.
No início do mês, foi anunciado o encerramento da fábrica de calçado IFF II, em Oliveira de Azeméis, que deixou 80 pessoas sem trabalho.
O secretário de Estado da Economia garantiu conhecer bem o tecido empresarial e destacou que Portugal reúne todos os fatores que permitem gerar uma sensação de otimismo.
Em causa, segundo apontou, estão centros tecnológicos de transformação sustentável, o uso de materiais renováveis, a reutilização de calçado em fim de vida, bem como a aposta no 'design' e na qualidade.
"Já não são só as empresas portuguesas que querem estar nesta feira. É também esta feira que quer que as empresas portuguesas cá estejam", insistiu.
A MICAM, que celebra 100 edições, conta com mais de 1.000 marcas e espera cerca de 42.000 visitantes.
No certame estão 42 empresas portuguesas.
De acordo com os dados disponibilizados pela APICCAPS - Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seu Sucedâneos, no primeiro semestre de 2025, as exportações portuguesas de calçado aumentaram 3,7% em valor para 843 milhões de euros.
Entre janeiro e junho, foram exportados 36 milhões de pares, mais 5,4%.
Em 2024, as exportações do 'cluster' do calçado atingiram 2.147 milhões de euros.
No ano passado, Portugal produziu 80 milhões de pares de sapatos, sendo que 68 milhões de pares foram exportados, no valor de 1.724 milhões de euros.
O calçado português foi, neste período, comercializado em mais de 170 países e Belize foi o mais recente destino.
O Plano Estratégico do Cluster do calçado prevê um investimento de 600 milhões de euros até 2030.
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