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Portugal "compreende as razões" do ataque dos EUA à Síria

Ministro dos Negócios Estrangeiros acredita que o regime sírio deve assumir responsabilidades pelos atos cometidos.

14 de abril de 2018 às 10:57

O Governo português disse este sábado compreender as razões que levaram à intervenção militar desta madrugada na Síria, realizada pelos Estados Unidos, Reino Unido e França, defendendo, no entanto, ser necessário evitar uma escalada do conflito.

"Portugal compreende as razões e a oportunidade desta intervenção militar", afirma o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado, acrescentando que o objetivo foi "infligir danos à estrutura de produção e distribuição de armas que são estritamente proibidas pelo direito internacional".

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Portugal "compreende as razões" do ataque dos EUA à Síria

De acordo com o comunicado divulgado pelo ministério de Augusto Santos Silva, o regime sírio "deve assumir plenamente as suas responsabilidades", já que "é inaceitável o recurso a meios e formas de guerra que a humanidade não pode tolerar".

Lembrando que o ataque desta madrugada visou a capacidade de armamento químico da Síria, o MNE refere que os bombardeamentos foram feitos por "três países amigos e aliados de Portugal, os Estados Unidos, a França e o Reino Unido".

O entanto, afirma o ministério, é necessário "evitar qualquer escalada no conflito sírio, que gere ainda mais insegurança, instabilidade e sofrimento na região".

O Governo relembra ainda que o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e a União Europeia "têm repetidamente insistido" que "todas as partes devem mostrar abertura para investigações independentes que possam apurar e punir responsabilidades por crimes de guerra".

Além disso, defende que todas as partes envolvidas "devem mostrar contenção no uso da força e empenhamento na procura de uma solução política, negociada e pacífica, para o conflito na Síria, que representa hoje uma muito séria ameaça à paz e segurança no mundo".

Os EUA, a França e o Reino Unido realizaram este sábado uma série de ataques com mísseis contra alvos associados à produção de armamento químico na Síria, em resposta a um alegado ataque com armas químicas na cidade de Douma, Ghouta Oriental, por parte do Governo de Bashar al-Assad.

A ofensiva consistiu em três ataques, com uma centena de mísseis, contra instalações utilizadas para produzir e armazenar armas químicas, informou o Pentágono.

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