Rui Rio abriu o Congresso reiterando o posicionamento do partido ao centro e a importância das bases e apontou o objetivo de ganhar as legislativas de 30 de janeiro.
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O segundo dia do 39.º Congresso do PSD deverá ficar marcado pelas intervenções das principais figuras do partido, incluindo das que se têm oposto à estratégia do presidente Rui Rio, e pela entrega das listas aos órgãos nacionais.
No primeiro dia, Rui Rio abriu o Congresso reiterando o posicionamento do partido ao centro e a importância das bases e apontou o objetivo de ganhar as legislativas de 30 de janeiro.
"O Partido Social Democrata propõe-se ganhar as próximas eleições de janeiro e governar Portugal com o rigor e a coragem que tanto nos tem faltado. Governar Portugal com a visão reformista que uma sociedade dinâmica e em constante mutação exige a quem se propõe governá-la", afirmou Rio.
Ao longo da sua intervenção de cerca de meia hora, o presidente do PSD procurou fazer o contraste entre o que chama a "marca reformista" do partido e "a desilusão" que representa a governação do PS, que diz apenas ser "um encanto" na propaganda.
"Não podemos deixar que pensem que somos iguais a eles - porque realmente, não somos", afirmou.
A grande sala do Europarque nunca esteve perto de estar cheia - foi escolhida por oferecer condições de segurança sanitária - e nem o discurso do presidente Rui Rio 'aqueceu' o ambiente, apesar de, na apresentação das moções temáticas que se seguiu, vários delegados anteverem a sua vitória nas legislativas.
O adversário derrotado de Rio nas últimas diretas, o eurodeputado Paulo Rangel marcará este sábado presença em Santa Maria da Feira e falará ao Congresso, tal como Luís Montenegro, que defrontou o presidente do PSD em 2020 e se tem mantido quase em silêncio nos últimos dois anos.
No entanto, à chegada ao Congresso, o ex-líder parlamentar do PSD prometeu que o período de recato "acabou", mas sem responder se admite protagonizar uma nova disputa de liderança se o partido tiver um mau resultado em janeiro: "O PSD vai ter um bom resultado".
Este sábado, irão intervir também outras figuras destacadas do partido como o ex-candidato à liderança Miguel Pinto Luz, o dirigente Joaquim Miranda Sarmento ou o antigo ministro Miguel Poiares Maduro, que coordenou o programa de Rangel, e irá defender na sua intervenção que o PSD "é a única verdadeira alternativa de moderação política nas próximas eleições", com o PS a preferir os partidos da esquerda radical, e deve passar aos portugueses na campanha uma mensagem de "ambição positiva" e com unidade.
Também o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, está inscrito como participante no 39.º Congresso.
As listas para os órgãos nacionais têm ser entregues até às 18:00, faltando conhecer as alterações que o presidente do PSD irá fazer na Comissão Permanente e na Comissão Política, que deverão ser apenas cirúrgicas, até pela proximidade das legislativas e da indefinição de qual será o papel do partido após 30 de janeiro: se na oposição ou no Governo.
Na quinta-feira, Rui Rio já anunciou as suas escolhas para 'cabeças de lista' aos órgãos nacionais do partido, com Nuno Morais Sarmento - que já tinha anunciado a saída da Comissão Política - a encabeçar a lista para o Conselho de Jurisdição Nacional contra o atual presidente Paulo Colaço, enquanto o histórico militante Pedro Roseta irá substituir Paulo Rangel como o primeiro nome na lista oficial ao Conselho Nacional.
Paulo Mota Pinto mantém-se como o candidato à presidência da Mesa do Congresso pela direção e José Silvano como secretário-geral.
A surpresa do primeiro dia do Congresso foi o anúncio do ainda deputado e antigo líder da JSD Pedro Rodrigues de que irá apresentar uma lista alternativa à Mesa do Congresso, que pretende capitalizar o descontentamento da oposição interna com a forma como Mota Pinto presidiu às reuniões do Conselho Nacional.
Para o Conselho Nacional, o chamado parlamento do partido que é eleito por método de Hondt, o número de listas deverá aproximar-se das dez do último Congresso.
Além da lista da direção, já são certas a encabeçada pelo presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado, que tem como primeiro subscritor Luís Montenegro, e a liderada por Miguel Pinto Luz.
Também o deputado Carlos Eduardo Reis, que foi um destacado apoiante de Rio, voltará a liderar uma lista ao Conselho Nacional, que nos dois anteriores Congressos foi das mais votadas.
O deputado Duarte Marques, que ficou fora das listas à próxima Assembleia da República, também liderará uma lista a este órgão, e estão ainda em preparação outras duas de apoiantes de Rui Rio.
Para as 23h00, está prevista a votação da moção de estratégia global de Rui Rio e das propostas temáticas, estas últimas pela primeira vez por meios eletrónicos.
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