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José Luís Carneiro acusa Montenegro de se tentar "esconder de aliança" com o Chega na nacionalidade

Já o primeiro-ministro defendeu que existem "todas as condições" para que a lei da nacionalidade seja promulgada e desvalorizou que o voto decisivo tenha sido do Chega.

29 de outubro de 2025 às 14:31

O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, acusou esta quarta-feira o primeiro-ministro, Luís Montenegro, de se ter tentado "esconder da aliança" feita com o Chega na nova lei da nacionalidade.

José Luís Carneiro fez esta quarta-feira uma declaração aos jornalistas na sede do PS, em Lisboa, e foi questionado sobre as aprovações feitas na véspera no parlamento, o Orçamento do Estado para 2026 (OE2026) e a nova lei da nacionalidade.

Sobre a lei da nacionalidade e as declarações feitas por Luís Montenegro ao país, Carneiro viu "uma tentativa do primeiro-ministro se esconder da aliança que fez com o Chega em relação ao tema da nacionalidade".

O primeiro-ministro defendeu na terça-feira que existem "todas as condições" para que a lei da nacionalidade seja promulgada, desvalorizou que o voto decisivo tenha sido do Chega e acusou o PS de ter votado contra "sem razão aparente".

Já em relação ao OE2026, o líder do PS defendeu que o voto contra até podia ter "dado jeito" ao Governo para responsabilizar o PS "pela sua incompetência" e insistiu na ideia defendida na segunda-feira de que o primeiro-ministro tem 2026 "para mostrar o que vale".

"Um voto contra até lhe poderia dar jeito para responsabilizar o PS pela sua incompetência e pela sua irresponsabilidade, mas o PS não lhe deu essa satisfação", respondeu, justificando a abstenção dos socialistas no OE2026.

Segundo o líder do PS, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, "não terá desculpas no voto do PS para não responder às questões fundamentais que se colocam aos portugueses" e que "prometeu resolver como se de uma varinha de condão se tratasse".

"Vai ter agora que, em 2026, mostrar aquilo que vale", justificou.

Segundo o líder do PS, no fim deste exercício orçamental será possível constatar "os termos em que cumpre ou não cumpre com os compromissos que assumiu com os portugueses".

As alterações à Lei da Nacionalidade, que partiram de uma proposta do Governo, foram aprovadas na terça-feira em votação final global pelo PSD/CDS, Chega e IL, ultrapassando a fasquia exigida de maioria absoluta, 116 em 230 deputados.

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