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José Manuel Bolieiro rejeita hipótese de integrar o Chega no Governo

Candidato da coligação PSD/CDS-PP/PPM acusa outros partidos de "falsearem reuniões e acordos".

02 de fevereiro de 2024 às 07:51

O candidato à presidência do Governo Regional dos Açores pela coligação PSD/CDS-PP/PPM disse na quinta-feira que não faz parte do seu cenário integrar o Chega num futuro Governo e defendeu a importância de liderar um executivo de estabilidade.

"Não faz parte do meu cenário", respondeu na quinta-feira José Manuel Bolieiro aos jornalistas quando questionado sobre a possibilidade de integrar o Chega no próximo executivo, caso vença as eleições de domingo.

E justificou afirmando que está a idealizar um "cenário que é justo" em função do trabalho que tem realizado como presidente do Governo.

"Um Governo de estabilidade, liderado por mim, com a coligação PSD/CDS/PPM, e onde, obviamente, o PSD prevalece no quadro da sua doutrina, bem como, também, porque há coerência ideológica e doutrinária entre a social-democracia cristã e ecológica. Reúne exatamente o essencial do PSD, do CDS e do PPM", vaticinou o candidato que também é líder do PSD/Açores.

José Manuel Bolieiro falava aos jornalistas durante uma ação de campanha na feira de Santana, no concelho de Ribeira Grande, na ilha de São Miguel, após visitar uma fábrica de rações no mesmo local.

Nas declarações, o candidato também assegurou: "Não participo em mais especulações, mas evito qualquer insinuação, como aconteceu de forma soez durante este final de campanha eleitoral".

"A tentativa de falsearem reuniões e acordos. Isto é já revelador de desespero, em vez de apresentarem [os partidos da oposição] propostas alternativas, porque é isto a democracia".

E prosseguiu: "Eu tenho um governo com provas dadas, com uma orientação de governação bem clara, com resultados das políticas públicas que estão hoje devidamente escrutinadas e têm sobretudo resultados expostos, no que diz respeito a um forte crescimento económico, à empregabilidade, à criação de riqueza, à estabilidade sócio laboral em todas as áreas, na privada, como na pública, designadamente em serviços tão relevantes como a educação, a saúde, não houve colapso nenhum, ao contrário do que tem acontecido no país nestas matérias".

Dada a realidade que referiu, Bolieiro disse que não aceita "um anátema" de que está "condicionado a qualquer exigência de acordos", quando o seu acordo "transparente e demonstrado" é com a coligação PSD/CDS-PP/PPM.

No entanto, referiu que é "um conciliador" para garantir a estratégia que lidera na governação dos Açores, que tem muito a ver "com uma mudança de paradigma, com uma visão reformista, com o desenvolvimento, com a coesão de todas as ilhas no contexto dos Açores e, sobretudo, também, com a dignificação e projeção dos Açores no contexto europeu e mundial".

"O que estou disposto é, com a humildade democrática, a pedir um apoio maioritário de maioria de estabilidade e de maioria absoluta em mandatos na Assembleia Legislativa para garantir um mandato que cumpra, por um lado, o programa do Governo, a minha estratégia de governação que estava em curso e quero continuar, bem como com as novidades que apresentei na agenda de governação", disse.

Na visita à feira de Santana, José Manuel Bolieiro cumprimentou vendedores e compradores, a quem pediu o voto nas eleições de domingo, mas não se chegou a cruzar com as caravanas do PS, do Chega e do JPP que durante a manhã estiveram no mesmo local.

Onze candidaturas concorrem às legislativas regionais, com 57 lugares em disputa no hemiciclo: PSD/CDS-PP/PPM (coligação que governa a região atualmente), ADN, CDU (PCP/PEV), PAN, Alternativa 21 (MPT/Aliança), IL, Chega, BE, PS, JPP e Livre.

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