Chefes de Governo e de Estado dos 27 vão pedir uma "forte condenação" perante o ataque do Irão.
Os líderes da União Europeia vão discutir esta semana a recente escalada no Médio Oriente, pedindo "contenção" ao Irão e Israel para evitar um alastramento da violência na região, naquela que será a primeira cimeira do novo primeiro-ministro português.
O foco inicial do Conselho Europeu extraordinário de dois dias, que decorre em Bruxelas entre quarta-feira e quinta-feira, seria a competitividade do mercado interno, mas, e apesar do assunto continuar em agenda, a atualidade internacional impôs-se com o recente aumento das tensões entre Teerão e Telavive.
Como tal, os chefes de Governo e de Estado dos 27 da União Europeia (UE) vão pedir uma "forte condenação" perante o ataque do Irão com 'drones' e mísseis a Israel no passado fim de semana, indicaram fontes europeias, falando na antevisão do encontro.
"Após a situação a que assistimos durante o fim de semana, a mensagem forte do G7 [grupo das sete maiores economias mundiais] será repetida pelo Conselho Europeu no compromisso com a segurança de Israel e no apelo ao Irão para que cesse todos os ataques", indicou um alto funcionário europeu.
Um outro responsável comunitário salientou que, para tal, serão adotadas na ocasião conclusões nas quais se pede "contenção de todas as partes para não haver escalada" de tensões, numa "mensagem dirigida aos dois países".
Ao mesmo tempo, será mencionada nesse texto a crise humanitária na Faixa de Gaza, dados os bombardeamentos e as barreiras colocadas por Israel à passagem de mantimentos, com o Conselho Europeu a exortar a "mais ajuda humanitária", adiantou esta última fonte.
Isso mesmo está expresso na carta-convite que o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, enviou hoje aos líderes da UE, na qual garante "empenho em trabalhar com os parceiros para pôr termo à trágica crise em Gaza", palco de um conflito entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas que dura há mais de seis meses.
Na missiva, Charles Michel menciona ainda os "acontecimentos do fim de semana, [que] exacerbaram uma situação já de si altamente volátil na região".
Segundo o mais recente rascunho das conclusões desta cimeira extraordinária, a que a Lusa teve acesso, "o Conselho Europeu condena veemente e inequivocamente o ataque iraniano a Israel e reitera a sua total solidariedade para com o povo de Israel e o seu compromisso com a segurança deste país".
Ao mesmo tempo, de acordo com o mesmo documento, "o Conselho Europeu apela ao Irão e aos seus representantes para que cessem completamente os seus ataques e insta todas as partes a darem provas da maior contenção e a absterem-se de qualquer ação que possa aumentar as tensões na região", indicando ainda que a UE está "pronta para colaborar com todos os parceiros para evitar uma nova escalada das tensões na região, nomeadamente no Líbano".
No que toca à Faixa de Gaza, os chefes de Governo e de Estado da UE reiteram "o seu compromisso de colaborar com os parceiros para pôr termo à crise".
Esta é a primeira cimeira do primeiro-ministro, Luís Montenegro, que tomou posse no início deste mês e a sua estreia no Conselho Europeu, após o seu antecessor, António Costa, ter feito parte da instituição durante oito anos.
No primeiro dia da cimeira, que arranca ao final da tarde de quarta-feira com uma receção pelos reis belgas, haverá também um debate sobre as relações da UE com a Turquia, numa altura em que se tenta uma aproximação a Ancara e na qual o Chipre exige garantias de respeito pelas disposições territoriais.
O segundo e último dia da cimeira extraordinária será dedicado à economia da UE, com o Conselho Europeu a receber o antigo primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, para discutir o relatório por si preparado sobre o mercado interno comunitário e debater como reforçar a competitividade europeia face aos Estados Unidos e à China.
Em cima da mesa está um "novo acordo europeu para a competitividade", que visa eliminar as barreiras à circulação de bens, serviços e capitais, mobilizar mais investimento público e, sobretudo, privado para evitar que as empresas abandonem a UE e simplificar a burocracia para as empresas, de acordo com o rascunho de conclusões a que a Lusa teve acesso.
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