Tavares disse respeitar todas as forças políticas, mas salientou que a única alternativa à presidência de câmara "vaidosa para o TikTok" é essa coligação.
O Livre considerou esta sexta-feira que a coligação à esquerda em Lisboa é a única alternativa a Carlos Moedas porque "não se fazem geringonças depois" enquanto o BE realçou que o "somatório dos partidos" vale mais do que cada um.
Em declarações aos jornalistas, após a assinatura do acordo de coligação PS, Livre, BE e PAN para Lisboa nas próximas autárquicas, encabeçada pela socialista Alexandra Leitão, o porta-voz do Livre Rui Tavares considerou que "Lisboa é uma cidade muito amada pelos lisboetas, mas que está mal-amada pelo seu presidente da câmara e pelos vereadores com pelouros".
Interrogado sobre o facto de esta coligação não integrar a CDU, que terá como candidato o vereador João Ferreira, Tavares disse respeitar todas as forças políticas, mas salientou que a única alternativa à presidência de câmara "vaidosa para o TikTok" é esta coligação.
"Não se fazem geringonças depois, não há essa possibilidade de irmos todos fragmentados para nos entender depois. E aqui em Lisboa, a direita está junta e temos o Chega a apresentar um candidato para picar o ponto e fazer um favor a Carlos Moedas", advertiu.
O porta-voz do Livre considerou que "as coisas estão a desbloquear à esquerda" e salientou que as últimas eleições legislativas "deixaram o país muito desequilibrado", com um Presidente da República, Governo e presidente do parlamento "de direita".
"Portugal não é um país para viver assim desequilibrado, e os portugueses querem certamente reequilibrar a política portuguesa. Por onde é que isso começa? Começa, por exemplo, por Lisboa. Começa por todas as cidades onde há coligações, e onde o eleitor de esquerda, mas não só de esquerda, progressista, mas não só progressista, democrático, saberá em quem votar", salientou.
Pelo BE, a coordenadora nacional, Mariana Mortágua, acusou o presidente e recandidato, Carlos Moedas, de ter criado uma "cidade de elite, uma cidade para os ricos dos mais ricos".
"A cidade não pode ser isso, tem de ser uma cidade para todas, para todos. E é em nome desse projeto, acho que foi aqui bem lembrado a experiência de Jorge Sampaio, quando o somatório dos partidos pode valer muito mais do que os partidos, quando pode criar uma esperança num projeto mobilizador, transformador da cidade", defendeu.
Para a líder bloquista, "radical é como está a cidade agora, no mau sentido", dando como exemplo a sujidade e a falta de habitação para quem trabalha na cidade.
"Penso que este esforço para haver coligações, para haver movimentos que se unem em nome de cidades, localidades mais democráticas, respeitem os grandes desafios dos nossos tempos, que vão da habitação às alterações climáticas, são aquilo que pode trazer esperança ao futuro. E Lisboa dá um primeiro grande sinal", enalteceu.
Segundo Mortágua, com um Governo de direita e em Lisboa um executivo de direita, "Carlos Moedas nos últimos quatro anos fez muita propaganda, mas mudou muito pouco a cidade para melhor".
Também a porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, considerou que "este é o momento para uma verdadeira viragem na cidade para que seja comprometida não só com esta inovação e progresso que queremos devolver, mas também com o compromisso ambiental de voltarmos a ter mais espaços verdes, mais ciclovias, mais bem-estar animal".
Considerando que "Lisboa deu um passo atrás com o mandato de Carlos Moedas naquilo que diz respeito também às políticas de bem-estar animal", Sousa Real rejeitou "políticas importadas".
"Porque não precisamos mais de fábricas de unicórnios, precisamos de uma Lisboa para pessoas reais com vidas e problemas que são bem reais e que têm ficado esquecidos", afirmou.
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