Partido promete ainda ser "uma oposição firme e construtiva ao atual executivo, ainda para mais com este acordo", nas freguesias e na assembleia municipal.
O Livre rejeitou esta sexta-feira participar em qualquer acordo ou projeto político que inclua o Chega na Câmara Municipal de Sintra, realçando que será "uma oposição firme e construtiva" ao atual executivo liderado pelo social-democrata Marco Almeida.
O Livre, que integrou a coligação, com o PS, que ficou em segundo lugar nas últimas autárquicas em Sintra, reagiu assim a um acordo entre o presidente eleito, Marco Almeida (PSD/IL/PAN), e o Chega, que terá dois vereadores com pelouros na governação municipal.
Em comunicado, os deputados municipais do Livre e a coordenação local do partido em Sintra consideram este acordo "um aproximar muito perigoso à extrema-direita" no concelho e rejeitam "qualquer acordo ou projeto político que inclua a extrema-direita à mesa das negociações".
Prometem ainda ser "uma oposição firme e construtiva ao atual executivo, ainda para mais com este acordo", nas freguesias e na assembleia municipal.
"Sintra fica a perder: dar o pelouro da segurança a um eleito do Chega é experimentar a política de xerife que rejeitamos, é dar poder ao partido de extrema-direita para fomentar ainda mais o ódio e a discriminação racial e xenófoba. Por nós, não passarão", destacou o Livre no comunicado.
O Livre/Sintra considerou ainda que "o problema está longe de ser só o Chega", uma vez que a vereadora eleita pela Iniciativa Liberal (IL), Eunice Baeta, "depressa mostrou ao que vem: o seu marido ficará na liderança do SMAS [Serviços Municipalizados de Água e Saneamento] e os liberais começam o seu mandato com a retirada de confiança política à sua vereadora, logo durante a primeira reunião de Câmara".
"A agora vereadora independente tornou a coligação entre o PSD, IL e PAN numa bengala de acesso da extrema-direita ao poder", acusou o partido, realçando que irá continuar a apresentar "propostas para o futuro de Sintra" e a rejeitar "falsas equivalências entre partidos democráticos e partidos antidemocráticos", assim como "um poder executivo que vai estar, sempre, contra quem vive em Sintra".
Por ter aceitado ser vereadora em Sintra num executivo em que o Chega terá pelouros, a presidente da IL, Mariana Leitão, retirou hoje a confiança política a Eunice Baeta, "deixando o seu mandato de ser exercido em representação da Iniciativa Liberal".
Em comunicado, a líder da IL sublinhou que o partido "sempre disse que nunca integraria qualquer governo com o Chega" e reafirmou "essa posição intransponível", acrescentando que "a Iniciativa Liberal não abdica dos seus princípios por cargo nenhum, nem viabiliza nem branqueia o projeto político do partido Chega".
Na quinta-feira, a socialista Ana Mendes Godinho disse à Lusa que a coligação PSD/IL/PAN, que lidera a Câmara de Sintra, "optou por fazer um acordo com o Chega" no executivo, estando em causa "a nomeação de administradores para as empresas municipais indicados pelo Chega".
A candidatura "Sempre com os Sintrenses", liderada por Marco Almeida, obteve nas eleições de 12 de outubro 33,86% dos votos e quatro mandatos, à frente da antiga ministra Ana Mendes Godinho (PS/Livre), com 31,67% e também quatro eleitos, seguindo-se Rita Matias, do Chega, com 23,38% e três mandatos.
O executivo reuniu-se hoje pela primeira vez, nos Paços do Concelho, e na ordem de trabalhos constavam a delegação de competências da câmara no presidente, a fixação de cinco vereadores em regime de permanência e a exoneração dos representantes do município nas empresas locais e de entidades intermunicipais, e designação dos novos representantes.
Na proposta de designação de novos representantes, a que a Lusa teve acesso, Marco Almeida propôs Rui Caetano para presidente da administração dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) e Paulo Gomes e Rui Covas Simões como vogais, e os vereadores Francisco Duarte (PSD) e Anabela Macedo (Chega) para a Associação de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra para o Tratamento de Resíduos Sólidos (AMTRES).
A vereadora Andreia Bernardo (PSD) é designada para a Empresa Municipal de Estacionamento de Sintra (EMES) e para a Fundação Cultursintra, juntamente com Marco Almeida e um representante do PS, enquanto Ricardo Aragão Pinto (Chega) é designado para a A2S -- Associação para o Desenvolvimento Sustentável da Região Saloia, e Eunice Baeta (IL) para a Nanomat -- Associação para Investigação e Desenvolvimento em Materiais Avançados e Aplicações.
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