Marcelo Rebelo de Sousa convocou eleições devido à crise política que se iniciou após as buscas da PJ feitas na Madeira.
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"Eu já não gosto deles. Não falam a verdade. É uma desilusão", desabafa ao CM de Isabel Pereira, de 86 anos, no mercado dos Lavradores, no Funchal. Vende flores desde os 14 anos e sempre votou na mesma força política, até agora. "É a primeira vez que voto diferente", garante.
É um dos 254 522 eleitores que são chamados às urnas para votar nas eleições regionais da Madeira, este domingo. São 14 forças políticas que concorrem a 47 lugares no Parlamento regional. Marcelo Rebelo de Sousa convocou eleições devido à crise política que se iniciou após as buscas da PJ feitas na Madeira. Miguel Albuquerque é suspeito de corrupção e foi constituído arguido.
O PSD esteve sempre à frente do Governo regional da Madeira, ainda que nas últimas eleições tenha vencido sem maioria absoluta e garantiu a governação com um acordo com o PAN.
O que está em discussão
Em disputa nas eleições, com um círculo único, estão 47 lugares da Assembleia Legislativa Regional e, segundo dados do Ministério da Administração Interna, estão recenseados para votar 254 522 eleitores, dos quais 249 075 na ilha da Madeira e 5 447 na ilha de Porto Santo.
As 292 secções de voto distribuídas pelas 54 freguesias dos 11 concelhos do arquipélago estarão abertas entre as 8h00 e as 19h00.
Na corrida estão uma coligação e 13 partidos únicos. Em relação às eleições regionais de 2023, a única diferença em termos de partidos concorrentes é o facto de PSD e CDS-PP (que governaram juntos nas duas últimas legislaturas) se apresentarem em listas distintas, quando no ano passado foram a votos coligados.
O sorteio da ordem no boletim de voto colocou o Alternativa Democrática Nacional (ADN) em primeiro lugar, seguindo-se Bloco de Esquerda (BE), Partido Socialista (PS), Livre (L), Iniciativa Liberal (IL), Reagir, Incluir, Reciclar (RIR), CDU - Coligação Democrática Unitária (PCP/PEV), Chega (CH), CDS - Partido Popular (CDS-PP), Partido da Terra (MPT), Partido Social-Democrata (PPD/PSD), Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Partido Trabalhista Português (PTP) e Juntos Pelo Povo (JPP).
Encabeçam as candidaturas Miguel Pita (ADN), Roberto Almada (BE), Paulo Cafôfo (PS), Marta Sofia (Livre), Nuno Morna (IL), (Liana Reis) RIR, Edgar Silva (CDU - PCP/PEV), Miguel Castro (Chega), José Manuel Rodrigues (CDS-PP), Válter Rodrigues (MPT), Miguel Albuquerque (PSD), Mónica Freitas (PAN), Raquel Coelho (PTP) e Élvio Sousa (JPP).
As eleições antecipadas deste domingo ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.
O executivo está desde então em gestão.
Na última legislatura, a Assembleia Legislativa da Madeira tinha 20 representantes do PSD, três do CDS-PP, 11 do PS, cinco do JPP e quatro do Chega. A CDU, o BE, o PAN e a IL ocupavam um lugar cada.
O PSD sempre governou no arquipélago e venceu com maioria absoluta 11 eleições, entre 1976 e 2015.
Em 2019, o partido fez um acordo pós-eleitoral com o CDS-PP e, em 2023, quando já tinham concorrido coligados mas não alcançaram a maioria absoluta, os sociais-democratas assinaram um entendimento de incidência parlamentar com o PAN para conseguir a maioria absoluta.
Nas legislativas regionais, o representante da República, cargo ocupado por Ireneu Barreto, convida uma força política a formar governo em função dos resultados (que têm de ser publicados), após a auscultação dos partidos com assento parlamentar na anterior legislatura.
Estas são as terceiras regionais antecipadas na história da democracia madeirense.
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